Política

ACM Neto encomenda pesquisa para saber se tem poder de transferir voto

Publicado em 11/04/2016, às 13h49   Cíntia Kelly (@cintiakelly_)



Desde que ACM Neto (DEM) entrou na vida pública uma característica sempre chamou a atenção até mesmo dos seus opositores: o demista é um exímio estudioso da política. Não costuma, portanto, dar ponto sem nó. E assim ele o faz ao encomendar pesquisa para ver qual o perfil do candidato que o eleitor de Salvador quer ver em seu lugar, caso desista mesmo de disputar a reeleição.

Os pesquisadores estão em campo e deve tabular o resultado do levantamento ao longo desta semana. Ao contrário do que fez o então prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PP), em 1996, a pesquisa não oferece nomes.

Naquela ocasião, capitaneado pelo marqueteiro Duda Mendonça, Maluf apostou nos nomes de Reynaldo de Barros, secretário de Viação e Obras Públicas; Lair Krahenbuhl, de Habitação; Roberto Richter, da Saúde; e Celso Pita, Finanças. Pitta se saiu melhor e foi o candidato. Foi apoiado por Maluf e venceu as eleições. O resultado da gestão foi desastroso, mas ai é outro caso.

Por aqui, Neto quer saber se tem poder de transferência de voto. O avô tinha ou dizia que tinha. Seu candidato a governador da Bahia, Clériston de Andrade, morreu num acidente de avião pouco mais de um mês das eleições de 1982.

Diante da fatalidade e da surpresa, ao ser questionado sobre a dificuldade de forjar um candidato aquela altura com chances de vitória, ACM cunhou a célebre frase. "Se eu quiser, meu filho, elejo até um poste". Dito e feito. O poste em questão foi João Durval.

Outro questionamento da pesquisa é sobre o perfil do candidato a ser apoiado por Neto. Mais jovem, mais experiente são algumas opções dadas pelo questionário.

A decisão – ainda a ser tomada – de desistir de tentar a reeleição, também foi colocada como ponto central da pesquisa. Como a população avaliaria a desistência.  

Neste ponto, auxiliares de Neto acreditam que muito vão avaliar de forma positiva, já que podem enxergar tamanho desprendimento do demista, que se mostraria contrário a reeleição e a ampliação do mandato para cinco anos.

Classificação Indicativa: Livre

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