Política

Direto de Brasília: Moema faz campanha e diz que está clara intenção de Temer

Publicado em 11/04/2016, às 18h41   Luiz Fernando Lima (Twitter: @limaluizf)



A deputada federal Moema Gramacho (PT) deixou a sala da Comissão Especial que analisa a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na tarde desta segunda-feira (11), para distribuir cartazes a assessores que acompanham o início da votação do parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO), na Câmara dos Deputados.
Os cartazes com as palavras de ordem “Impeachment sem crime é golpe”, “Golpe nunca mais” e “Não vai ter Golpe” foram expostos pelos militantes durante todas as entrevistas concedidas por deputados governistas e oposicionistas. Moema diz que esta é uma forma de demonstrar o jogo que está sendo jogado pelos deputados ligados a Eduardo Cunha, presidente da Casa.
A petista reconheceu que o governo “jogou a toalha” quanto à possibilidade de reviravolta na comissão processante. “Esta é uma comissão montada por aliados de Cunha. A meta dele é afastar Dilma para abafar a Lava Jato. Continua postergando a avaliação sobre a sua cassação e tentar a todo custo não ser cassado”.
Moema colocou no mesmo bolo, o vice-presidente Michel Temer que teve um discurso de “transição” vazado hoje. De acordo com ela, fica clara a intenção do vice-presidente. “Agora, revelou o que está fazendo. É bom ele se lembrar que Fernando Henrique Cardoso fez o mesmo que ele. Sentou na cadeira antes do tempo e depois teve que desinfetar a cadeira em 2014. Então, Temer revela o golpe que está tramando com Cunha, os tucanos e parte da Rede Globo”.
Segundo a deputada, esta é a rede que quer a todo custo dizer que o PT é que não presta, mas não serão vitoriosos; “Eles não terão os 342 votos em plenário. Porque a maioria dos deputados que estão com eles não é segura, são deputados que estão por interesses e porque estão ligados a ele por medo da Lava Jato. A maioria dos membros da Comissão está envolvida na Lava Jato”.
Questionado sobre a “moral” dos parlamentares para abrir um processo de impeachment, Moema foi taxativa: nem o presidente da Casa tem moral para conduzir o processo de impeachment com tantas denúncias já comprovadas contra ele. Propina, milhões de dólares fora não declarados. Ele é envolvido em todos os escândalos. Muitos membros da Comissão também não tem”.
A deputada lembrou do dia em que desafiou o deputado Major Olímpio (SDD-SP) a subir na Tribuna da Cãmara para chamar Cunha de ladrão, pois só tinha valentia para chamar os petistas de ladrões. “Ele não foi. Lógico que não. A valentia dele é seletiva. Assim como este, tem muitos que a valentia é contra o PT”.
*Matéria do repórter Luiz Fernando Lima, editor de Política do site Bocão News, direto de Brasília

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