Política

PF acha ‘bovino religioso’ e ‘nazista’ no celular de empreiteiro da UTC

Publicado em 14/04/2016, às 12h46   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


FacebookTwitterWhatsApp

Com os avanços da Lava Jato sobre políticos e empresários, a força-tarefa da operação rastreia os apelidos e siglas utilizadas pelo dono da UTC e delator Ricardo Pessoa em trocas de mensagens no celular e em telefonemas para se referir a agentes políticos e responsáveis por intermediar o pagamento de propinas, em alguns casos disfarçadas de doações eleitorais, segundo o Ministério Público Federal, de acordo com informações publicadas pelo Estadão.
Nesta terça-feira (12), a Lava Jato prendeu preventivamente o ex-senador Gim Argello, do PTB e que tinha o apelido de “alcóolico”, utilizado por Pessoa. A investigação revelou que os conteúdos das conversas citando alcóolico envolviam o pagamento de dinheiro via doações oficiais para que os empreiteiros não fossem convocados para a CPI da Petrobrás no Senado e a CPI Mista da Petrobras no Congresso, em 2014.
Segundo o jornal, além do “alcóolico”, contudo, a PF já identificou ao menos 11 diálogos no celular de Pessoa que envolvem conversas cifradas e apelidos e que estão na mira dos investigadores. São desde menções a “bovino religioso”, “descobridor”, “JVN” e até apelidos como “nazista” e “alemão”, que a força-tarefa da Lava Jato tenta descobrir o verdadeiro significado.
A reportagem afirma ainda entre as conversas que mais chamam a atenção, estão os diálogos de Ricardo Pessoa com Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS condenado na Lava Jato. Ao longo de 2014, eles citam diálogos com outros empreiteiros, advogados para lidar com a Lava Jato e fazem referências a siglas como “JC” e “amigo” em diálogos e encontros cujos contextos ainda não estão claros.
De acordo com o jornal, há ainda um e-mail da secretária do PMDB, Neyla, encaminhando uma “solicitação do ex-deputado Geddel Vieira Lima em setembro de 2014, com os dados da conta bancária do diretório do PMDB na Bahia durante as eleições. Na ocasião, o ex-deputado disputava o cargo de senador pela Bahia e, segundo sua assessoria, a solicitação era um pedido de doação eleitoral, que foi realizada e posteriormente declarada à Justiça Eleitoral.
As trocas de mensagens vão até 12 de novembro de 2014, dois dias antes da Juízo Final, sétima fase da Lava Jato que botou Léo Pinheiro e Ricardo Pessoa, além de outros executivos das cúpulas das principais empreiteiras do País, na cadeia.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp