Política

Especialista diz que parciais do placar do impeachment geram efeito manada

Publicado em 14/04/2016, às 22h37   Eliezer Santos (Twitter: @eliezer_sj)


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Enquanto correm nos bastidores para garantirem votos no plenário da Câmara domingo (17), governo e oposição esboçam diuturnamente parciais do placar que julgam terem firmado em suas articulações no entrave do processo de impeachment. Além dos números reais, ventilam-se exageros, como uma tentativa de simular força ao grupo adversário.
Segundo o cientista político, Paulo Fábio, trata-se do chamado “efeito manada”, cuja estratégia é atrair os indecisos ou aqueles que dedicarão o voto ao lado vencedor.
De acordo com ele, para além do clamor das ruas, a maior pressão sofrida pelos parlamentares ocorre dentro dos limites dos poderes e deriva da “política de fisiologismo”. 
Paulo Fábio diz que é preciso tirar da cena política os discursos equivocados de que o processo de impeachment seja um golpe ao governo e que o PT entrará em extinção. “São dois discursos de um momento de radicalização política. Não vai acontecer nenhum dos dois: não se trata de ter golpe nem o PT vai acabar”, salientou, durante entrevista ao Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta quinta-feira (14). 
Ele explica que esse conceito ganhou força nas frentes sociais de apoio ao PT, mas ponderou que “estamos num processo legal e legítimo”. “Um tempo na oposição vai fazer bem ao PT”, aconselhou.
Caso o processo passe pela Câmara, ele diz que será muito difícil para o governo reverter a situação no Senado. 

Classificação Indicativa: Livre

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