Política

Oposição surfa na onda da crise de maneira oportunista e mesquinha, ataca Alice

Publicado em 17/04/2016, às 08h32   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)



A deputada federal baiana pelo PCdoB, Alice Portugal, foi uma das vozes que discursaram na Câmara Federal nas primeiras horas da manhã desse sábado (16) na sessão que começou na sexta (15) às 8h55. A parlamentar criticou o movimento da oposição que tenta aprovar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e ainda defendeu o legados governos do PT. "Nesses últimos 13 anos, nós temos tido o período mais largo de democracia da história da nossa jovem República. E foi nesse período, nos dois primeiros mandatos de um operário nordestino que não falava inglês nem francês, mas falava a língua do povo brasileiro, que conseguimos grandes avanços para a nossa gente. Ao mesmo tempo, com a primeira mulher que sentiu sobre seus ombros a faixa presidencial, continuamos num largo período de avanços", elencou.

Ao defender o governo petista, a comunista atacou a oposição. "A crise não é Dilma. A crise não é nacional. Mas navegando e surfando na onda da crise, de maneira oportunista e mesquinha, forma-se um consórcio oposicionista dos derrotados das quatro eleições e da mídia corporativa, que mente, que omite", discursou. "Nós temos a clareza de que não há ilegalidade no que costumam chamar de pedaladas fiscais. Na verdade, é um artifício econômico de composição de contas, de atraso de pagamentos, assentado e aquiescido por este Parlamento. E, efetivamente, diante dessa aquiescência do Parlamento, não há crime de responsabilidade", defendeu.

Ao se dirigir a Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara Federal, Alice Portugal lembrou o histórico conturbado do parlamentar aliado do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). "É um político profissional, que neste momento tem uma delação premiada, em que supostamente recebeu 22 depósitos, somando 4 milhões e 680 mil dólares da empresa Carioca Engenharia, que também informou sobre outras vultosas quantias referentes a propinas do Porto Maravilhas, dentre outras traquinagens do atual presidente da Câmara. É este o deputado que instrui o processo contra a presidente Dilma Rousseff, que nem sequer tem um processo contra si. É uma mulher de matriz absolutamente idônea, alguém sobre a qual nada se tem a dizer, que não tem patrimônio acumulado, não tem contas na Suíça, e nada deve moralmente a ninguém", argumentou.

Publicada originalmente às 18h do dia 16 de abril

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