Política

Otto diz enfrentar resistência para assumir relatoria do impeachment no Senado

Publicado em 19/04/2016, às 19h40   Eliezer Santos (Twitter: @eliezer_sj)


FacebookTwitterWhatsApp

Cotado por lideranças ligadas ao Palácio do Planalto para assumir a relatoria na comissão especial do processo de impeachment no Senado, o senador baiano Otto Alencar (PSD) revelou que enfrenta forte resistência no bloco PSD/PP nas tratativas para colocar por terra a decisão que pode implicar no afastamento de 180 dias da presidente Dilma Rousseff (PT). 
“O grupo que eu participo aqui tem dez senadores, só eu fiquei com a Dilma. Eu aceitaria, não tenho receio nem medo, mas me foi negado o direito de participar da decisão do bloco. Eu fui defenestrado pela maioria que mudou de posição. Tomei um 9 a 1”, declarou, durante entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta terça-feira (19).
Apesar da pressão do bloco, Otto afirma que se manterá firme na aliança firmada com o PT e o governo federal. “Não sou de abandonar meu aliado na pior hora. Na minha vida pública nunca me rendi a favores para votar, voto com minha consciência”, asseverou.
“Não houve crime de responsabilidade. Dilma é honesta. Ela está sofrendo muito mais pelos erros dos seus auxiliares. Talvez até por omissão, por colocar os interesses partidários acima dos da população”, completou.
Otto ainda rechaçou a possibilidade de o senador Walter Pinheiro (sem partido) pedir licença do Senado para assumir a Secretaria Educação da Bahia, conforme foi ventilado nos bastidores políticos no começo desta semana.
“Se Pinheiro deixasse o Senado agora diriam que ele o fez para não externar a posição do seu voto. Se fizer, será depois da votação, pelo menos foi o que ele me falou. Ele é de fibra, de determinação”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp