Líder petista ataca oposição e diz que governo Temer prejudicará mais pobres

O deputado federal baiano Afonso Florence, líder do PT na Câmara, acustou nesta terça-feira (4) partidos de oposição como o PSDB, DEM, PPS e outros aliados do PMDB de atuar diretamente para provocar e aprofundar a crise econômica no país. Segundo o petista, a "oposição demotucana", com a ajuda do vice-presidente Michel Temer (PMDB) e do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), começou a boicotar o Brasil logo após o segundo turno das eleições, em outubro de 2014, "quando não reconheceu a derrota e passou a articular um golpe de Estado sob a farsa de processo de impeachment".

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Florence afirma que as legendas oposicionistas articularam "dia e noite" para conseguir "viabilizar o golpe". "Não há nenhum crime de responsabilidade da presidente Dilma", defende o líder ao rebater o argumento de que teria havido crime por ela ter assinado decretos de gestão orçamentária, as chamadas pedaladas fiscais, mesma ação praticada por Temer quando esteve no exercício interino da Presidência.

O petista reconheceu que houve real queda de popularidade da presidente Dilma, mas atribuiu esse fenômeno ao "boicote sistemático da oposição e de Eduardo Cunha que se especializaram em criar "um clima político conturbado, com pautas-bombas e desestabilização política do país". Segundo o líder, as articulações de Michel Temer para a formação de um novo governo não têm legitimidade. "Em primeiro lugar, porque ele não foi eleito e as pesquisas de opinião pública recentes mostram que o apoio popular a ele é três vezes menor do que o dado a Dilma. Em segundo lugar, porque Temer anuncia um programa econômico que foi repudiado pela população no segundo turno das eleições  presidenciais em 2014", afirma.

Ainda segundo o legislador, o eventual governo Temer vai ferir de morte programas de alcance social como o Bolsa Família, Fies, a política de valorização do salário mínimo, com o objetivo claro de "prejudicar os mais pobres".