Política

“Última cartada do governo", avalia Efraim Filho sobre decisão de Maranhão

Publicado em 09/05/2016, às 22h32   Eliezer Santos (Twitter: @eliezer_sj)



Se antes os oposicionistas na Câmara Federal contavam com a maestria do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nos embates contra o governo, agora eles acusam o Executivo de ter influenciado a decisão do presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA) de anular os atos da Câmara na discussão e votação do processo de impeachment, entre os dias 15 e 17 de abril. 
“A decisão está contaminada pelas influências do governo na Casa. Deixa claro que talvez tenha sido a última e desesperada cartada do governo para tentar evitar o impedimento da presidente Dilma. Deixa claro que ela não tem um projeto de governo, mas tem um projeto de poder. Desde que seja para salvar o PT, ela coloca em risco até mesmo o Brasil. Precisamos interpretar quem foram os mandantes dessa decisão”, analisou o deputado Efraim Filho (DEM-PB), em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta segunda-feira (9).
Em conversa com jornalistas do Bocão News, ele comentou a repercussão da decisão. “Abalou as estruturas da República. Uma decisão equivocada que pegou a todos de surpresa, mas em primeiro impacto já se viu que não iria surtir efeito. É inadmissível que um presidente interino tome uma decisão que revoga um plenário soberano. É uma decisão que chega a ser teratológica. Ela é fora do bom senso”, afirmou.
Ele também disse que haverá celeridade para eleição de um novo presidente para a Câmara. “Esse processo acelera a necessidade da Casa ter um comando regular. Maranhão teve a proeza de, em 24 horas, mostrar seu despreparo”.
O retorno de Eduardo Cunha é praticamente descartado, uma vez que a votação unânime dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já sinaliza que ele dificilmente terá eventuais recursos aceitos pela Corte.

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