Michel Temer e Geddel Vieira recuam sobre retorno da CPMF

O presidente interino Michel Temer (PMDB) e o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Geddel Vieira Lima (PMDB), recuaram da ideia de propor o retorno da Cobrança sobre Movimentação Financeira (CPMF) para alavancar a arrecadação do governo. A decisão teria sido tomada após uma reunião de Temer com líderes de 13 partidos, que reúnem ao menos 295 parlamentares. O representantes afirmaram que a CPMF não ganharia apoio para aprovação no Congresso Nacional e impuseram ao governo peemedebista o primeiro revés.

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No encontro, Temer avisou que vai retirar o projeto sobre o tema que tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, depois que o governo Dilma Rousseff enviou ao Congresso a previsão de gastos e receitas na Lei Orçamentária com a previsão de arrecadar recursos com a CPMF. “A CPMF está estigmatizada. As pessoas odeiam a CPMF”, disse o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) ao presidente em exercício durante a reunião com Temer, sendo apoiado pela maioria dos líderes, segundo o jornal Estado de Minas.

O presidente em exercício pediu, contudo, que os parlamentares retomem a normalidade de votações na Casa. Ele quer aprovar as medidas provisórias que trancam a pauta da Câmara e aceitou retirar a urgência do projeto que renegocia a dívida de estados e municípios com a União para facilitar o debate interno.