Política

Réu na Lava Jato, Gim Argello convoca Imbassahy e Antônio Brito para sua defesa

Publicado em 26/05/2016, às 12h59   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O ex-senador Gim Argello (PTB-DF), preso em abril na Operação Lava Jato, enumerou 15 parlamentares como testemunhas de defesa na ação em que é acusado de cobrar propinas para evitar a convocação de empreiteiros nas CPIs das Petrobras em 2014. Conforme publicação do jornal O Estado de S. Paulo, a lista de testemunhas possui nomes do PSD, PMDB, PT, PDT, PV, DEM, PSDB, PSB e PP. Da Bahia, foram relacionados os deputados federais Antônio Brito (PSD) e Antônio Imbassahy (PSDB). 

Além disso, a defesa de Argello também listou como testemunha o ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo, o ex-senador e ex-ministro dos Transportes no governo Dilma Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP), o ex-senador Hugo Napoleão (PSD-PI) e o diretor das comissões de inquérito do Senado, Dirceu Vieira Machado.

Argello é o primeiro réu da Lava Jato que chama praticamente só políticos para sua defesa na ação em que responde perante o juiz federal Sérgio Moro, que vai avaliar a lista de testemunhas e pode pedir explicações ao ex-senador sobre porque escolheu os nomes. 

VEJA A LISTA COMPLETA DAS TESTEMUNHAS DE GIM ARGELLO:

Senador João Alberto Souza – PMDB-MA
Senador Sérgio Petecão – PSD-AC
Senador Humberto Costa – PT-PE
Senador Acir Gurgacz – PDT- RO
Senador Álvaro Dias – PV-PR
Ex-senador Antonio Carlos Rodrigues – PR-SP
Deputado Marco Maia – PT-RS
Hugo Napoleão, ex-ministro da Educação, ex-governador do Piaui e ex-senador que tentou se eleger em 2014 deputado pelo PSD-PI, mas não foi eleito
Deputado Rodrigo Maia – DEM-RJ
Deputado Carlos Sampaio – PSDB-SP
Senador José Pimentel – PT-PI
Senador Flexa Ribeiro – PSDB-PA
Senador Paulo Paim – PT-RS
Deputado Antonio Imbassahy – PSDB-BA
Deputado Hugo Leal – PSB-RJ
Deputado Antonio Brito – PSD-BA
Deputado Aguinaldo Ribeiro – PP-PB
Vital do Rêgo – ministro do TCU
Dirceu Vieira Machado – diretor das comissões de inquérito do Senado

A lista foi encaminhada na defesa prévia de Gim Argello ao juiz Moro. O documento de 59 páginas é subscrito pelos defensores do ex-senador, que pedem que a denúncia contra Gim Argello seja encaminhada ao Supremo Tribunal Federal. Alegam que mais de um delator citou encontros de Argello e Vital do Rêgo com os empreiteiros que teriam sido extorquidos, segundo o Ministério Público Federal, no período das CPIs no Congresso e no Senado. Como é ministro do TCU, Vital do Rêgo tem foro privilegiado e só pode ser julgado pelo Supremo. Além disso, os advogados pedem que a denúncia contra o ex-parlamentar seja rejeitada, alegando que ele recebeu doações legais e não propinas em troca de evitar a convocação de empreiteiros.

Nas duas CPIs da Petrobras em 2014, das quais Argello participou, nenhum empreiteiro investigado na Lava Jato foi convocado para depor. Nesta ação penal, a Lava Jato, com base nas delações de vários empreiteiros, revelou que o ex-senador teria cobrado R$ 5 milhões de sete empreiteiras que atuaram no cartel na Petrobras. Algumas empresas, como a Andrade Gutierrez, acabaram não pagando a propina. Ao menos a OAS e a UTC, contudo, acertaram os pagamentos, sendo que parte da quantia foi repassada via doações oficiais para os partidos da coligação de Argello nas eleições de 2014 – formada por DEM, PR, PMN , PRTB e PTB.

Classificação Indicativa: Livre

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