Política

A gestão de ACM Neto é um governo almofadinha, diz Florence

Publicado em 30/05/2016, às 09h24   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Em entrevista na manhã desta segunda-feira (30), o deputado federal Afonso Florence (PT), ainda acredita no retorno da petista Dilma Rousseff para presidência. Florence disse que além de acreditar em mudanças de posicionamentos no Senado, Dilma Rousseff pode ainda se livrar durante o julgamento do Superior Tribunal Federal (STF).
“É um momento muito sensível da democracia da realidade brasileira. Tenho a expectativa positiva que venhamos aprender cada um com seus erros. Espero que a gente volte à nossa normalidade política. Acredito piamente que o afastamento definitivo depende de dois terços de votação no Senado. Está nítido que não houve crime de responsabilidade. Que o STF cumpra seu papel. A chegada do governo Temer não foi tranquilizadora, esse governo não tem legitimidade para perdurar até 2018, não há mais uma sustentação possível. Acredito que cinco senadores vão mudar de posição. Houve o pedido de impeachment que nós chamamos de golpe, houve uma fratura, temos um ano e meio de crise política, temos que trabalhar para evitar a crise parlamentar", diz o deputado em entrevista na Rádio Metrópole. 
Ainda na oportunidade, o petista baiano comentou sobre o pacote de medidas econômicas apresentado pelo presidente em exercício Michel Temer. “Eu tenho uma avaliação que é possível uma reversão no quadro, a diferença é que Dilma tinha uma proposta de ajuste que foi apoiada por todos, que era provisório, mas causou desgaste na presidenta. Agora, as medidas de ajustes são permanentes. Haverá reação dos aposentados, que recebem salários mínimos. O importante mantermos um ambiente de civilidade, no judiciário, no legislativo e no executivo. Portanto, no caso de Dilma voltar ou Temer ficar, não é fácil”, avalia.
O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados ainda criticou a equipe formada por Temer. “Esse grupo é um grupo muito conhecido na política brasileira. Eles são notabilizados por serem estrategistas da velha política, da velha guarda. Ninguém duvida muito que eles façam o que estão sendo acusados. O governo Temer começou afundando. As ameaças de Eduardo Cunha, que é o sócio majoritário do governo, parece que isso se cumprirá, a natureza que esse governo surge. O governo Temer começou derretendo, tem dois tipos de oposição, o PSOL nunca apoiou Dilma e é contra Temer”, explica.
O petista comentou também sobre as eleições municipais. “Teremos uma eleição difícil, o governo municipal é um governo almofadinha. O PT tinha um nome antes, que era do senador Walter Pinheiro, que saiu. Hoje temos três nomes, o do vereador Gilmar Santiago, o do deputado Walmir Assunção e o do ministro Juca Ferreira. Mas, também temos o nome da senadora Lídice da Mata, da deputada Alice Portugal e de Olívia Santana também para apoiar. O PT está construindo uma coligação que leve par ao segundo turno das eleições. Em duas semanas deve ter o nome do PT, vamos dialogando. Temos um governo municipal frágil, que merece muitas críticas, mas o PT vai construir uma trajetória própria. Quem quer apoio tem que estar aberto a apoiar”. 
Foto: Bocão News / Arquivo

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