Política

Ministro pede alinhamento ideológico a servidores; sindicato quer representação

Publicado em 03/06/2016, às 15h40   Alexandre Galvão (@Alexandr__e)



Representante dos trabalhadores baianos da antiga Controladoria Geral da União (CGU), Romualdo Santos afirmou que os servidores irão ingressar com uma representação contra o novo ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Torquato Jardim. 
Nesta quinta-feira (2), em videoconferência para todas as regionais, Jardim exigiu compatibilidade "política, filosófica e ideológica" dos funcionários que detêm cargo comissionado. 
O pedido, segundo Santos, foi recebido como um “patrulhamento ideológico” pelos funcionários. “A nossa constituição é técnica. Esse tipo de manifestação só traz preocupação para quem quer conduzir o trabalho de forma isenta”, reclamou, em entrevista ao Bocão News, nesta sexta-feira (3).
Ainda de acordo com Romualdo Santos, a atitude do atual ministro não deve iniciar um movimento de demissão em massa – como aconteceu com o ex-ministro da Transparência, Fabiano Silveira, que foi gravado por Sérgio Machado e deixou o cargo. 
“Naquela ocasião, houve uma carta de intenções de entrega de cargos caso ele continuasse. Agora, acho que não seria prudente fazer isso, pois ficaria parecendo que os que saíram têm orientação partidária”, analisou. Apesar do novo imbróglio com o novo ministro, Santos afirmou que os “funcionários da CGU” estão do lado da sociedade. 
MOVIMENTO NACIONAL - Presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical), Rudnei Marques afirmou à Folha que a fala de Torquato foi vista como "assédio moral". "O pessoal está em estado de choque, é uma ameaça de forma velada", disse. "Isso é um absurdo, estamos vendo como vamos reagir com o nosso departamento jurídico".

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