Política

Emílio Odebrecht não fará parte de delação do grupo

Publicado em 05/06/2016, às 11h09   Redação Bocão News



A Odebrecht e o Ministério Público Federal assinaram na quarta passada o documento que formaliza a negociação de delação premiada e de leniência da empreiteira no âmbito da Operação Lava Jato. De acordo com informações publicadas pela coluna Radar, da revista Veja, nos últimos dias, foi batido o martelo em um ponto polêmico: o patriarca Emílio Odebrecht não fará parte da colaboração judicial da cúpula do grupo — o que o MP tentou de todas as formas.
No início da semana, a colunista Monica Bêrgamo adiantou que a empreiteira se comprometeu oficialmente a detalhar o financiamento de todas as campanhas majoritárias de anos recentes com as quais colaborou –como as de Dilma Rousseff a presidente da República e Michel Temer vice e a de Aécio Neves a presidente, em 2014. Ou seja, nenhum dos grandes partidos (PT, PSDB e PMDB) deve ser poupado.
Ela ainda afirmou que apesar dos rumores insistentes de que Marcelo Odebrecht pode envolver diretamente Dilma, que teria pedido a ele recursos para a campanha de 2014 num encontro no Palácio da Alvorada, o tema não foi ainda abordado oficialmente com o Ministério Público Federal.
Os procuradores negociaram para ter acesso a toda a contabilidade de caixa dois da empresa, o que pode envolver centenas de políticos e até mesmo autoridades de outros poderes. Para se ter uma ideia do alcance dos dados que devem ser fornecidos, só numa das operações de busca e apreensão feitas na empreiteira foi encontrada uma lista com o nome de mais de 300 políticos.
Publicada no dia 4 de junho de 2016, às 19h50

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