Política

Daniel Almeida diz que aumento do judiciário foi para neutralizar Lava Jato

Publicado em 05/06/2016, às 17h35   Tamirys Machado (Twitter: @tamirysmachado7)



A Câmara dos Deputados aprovou na última quarta-feira (1) megapacote de reajuste para o funcionalismo federal –Executivo, Judiciário e Legislativo, além do Ministério Público –, com impacto de ao menos R$ 58 bilhões até 2019. A repercussão disso, no entanto, foi negativa no meio político. Entre os parlamentares da oposição ao governo interino de Michel Temer (PMDB-RJ) a teoria é que a motivação foi meramente política, já que o próprio presidente em exercício teria pressionado os deputados a votarem a favor. É o que afirma o deputado federal, Daniel Almeida (PCdoB-BA). 
Para o parlamentar, o aumento do judiciário teve a função de neutralizar Lava Jato. “Há uma motivação nova nisso, ele quis fazer um gesto para o subsidio do STF e da Procuradoria achando que com isso criaria uma situação favorável para ele. A agilização que Temer quis dar para isso liderado por Romero Jucá teve o objetivo de neutralizar a Lava Jato”, pontuou, durante a inauguração da nova Orlando Gomes, neste domingo (5). Um acordo dos líderes partidários da Câmara dos Deputados possibilitou a agilidade da votação. 
Na Bahia, tanto o governo do Estado, Rui Costa (PT), quanto o prefeito ACM Neto (DEM) também desaprovaram a atitude da Câmara. 
Nem Temer nem Dilma
O deputado Daniel Almeida disse ainda ao Bocão News que a solução para o país não está nem Temer, nem na presidente afastada, Dilma Rousseff (PT). “Se Temer não é uma alternativa e Dilma tem dificuldades evidentes de governabilidade, a melhor saída é devolver ao povo a tarefa de definir os rumos do país através de um plesbicito que pode culminar numa eleição direta”. 
Ainda segundo ele, “O governo Temer é um desastre no país e para nós não é surpresa, o governo nasceria com dois objetivos centrais. O primeiro é juntar conspiradores corruptos para tirar uma presidente honesta e barrar a Lava Jato e o outro é trazer o país para o passado. Isso ficou claro com o desmonte do país na área da economia, a política de privatização, modificação do pré-sal, desmonte nas políticas sociais, mudança na previdência e a corrupção que está no centro do governo. As denúncias de corrupção tinha como articuladores o núcleo do PMDB”, concluiu. 

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