Política

Lava-Jato: cooperação internacional já recuperou cerca de R$ 5 bilhões

Publicado em 06/06/2016, às 15h49   O Globo



A delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, feita em setembro de 2014, seis meses depois de deflagrada a maior operação de combate à corrupção no país, foi o primeiro passo para força-tarefa da Lava-Jato iniciar as tratativas de cooperação internacional com países usados para abrigar contas de políticos, operadores e funcionários da estatal envolvidos no desvio de dinheiro.
O Ministério Público Federal (MPF) registra 108 pedidos de cooperação internacional com 36 países, alguns deles conhecidos paraísos fiscais. O resultado é animador: O MPF estima que a “Car Wash”, tradução literal da Lava-Jato na Europa e nos Estado Unidos, já recuperou R$ 5,3 bilhões, sendo que deste total R$ 2,4 bilhões bloqueados em bens somente na Suíça, esperando uma ordem judicial para voltar aos cofres públicos..
Até agora, R$ 659 milhões foram repatriados. O restante, está espalhado pelo mundo. Para confirmar o retorno de todo o dinheiro, em regra os países exigem que os donos dos recursos estejam condenados pela Justiça.
Da delação de Paulo Roberto Costa para cá, foram firmadas 50 colaborações premiadas, consideradas fundamentais pelo MP para rastrear o dinheiro.
Do total de pedidos, 94 são de cooperação ativa (quando o Brasil é quem solicita informações) e outros 14 de colaboração passiva (quando outro país pede dados ao Brasil). Os pedidos ativos são divididos em três categorias: obtenção de prova documental (quebra de sigilos) ou testemunhal (tomada de depoimentos); rastreamento, bloqueio e recuperação de ativos e localização e captura de foragidos (extradição no final).

Classificação Indicativa: Livre

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