Política

Pedido de prisão de Cunha denigre imagem da Câmara, diz Araujo

Publicado em 07/06/2016, às 11h18   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), afirmou nesta terça-feira (7) que o pedido de prisão do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentado pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), "vai fazer com que os deputados pensem e reflitam" na votação do processo de cassação do peemedebista.

Segundo a TV Globo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão de Cunha com a alegação de que ele teria continuado a tentar obstruir investigações mesmo depois de ter sido afastado da presidência da Câmara por ordem do próprio STF.

Além de Eduardo Cunha, Janot pediu ao STF a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP), informou reportagem desta terça-feira (7) do jornal "O Globo". A TV Globo confirmou a informação.

Os pedidos de prisão serão analisados pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato na primeira instância. Nesta terça, os 21 integrantes do Conselho de Ética irão votar o relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) que recomenda a cassação do mandato de Eduardo Cunha. O pedido de prisão apresentado por Janot repercutiu intensamente na sessão do colegiado.

O próprio presidente do conselho ressaltou que destacou os argumentos da PGR de que Cunha continuou "manobrando" e tentando atrapalhar as investigações contra ele mesmo depois de ter o mandato suspenso e ser afastado do comando da Casa.“Com esse pedido do Janot, acho que os integrantes do Conselho de Ética deveriam repensar. O procurador não pediria a prisão se não estivesse bem embasado. Eduardo Cunha continua manobrando. O Conselho de Ética sente o peso de Eduardo Cunha”, disse Araújo antes de iniciar a reunião do colegiado.

"Não posso dizer que o pedido de prisão influencia [no voto dos deputados no Conselho de Ética], mas pelo menos vai fazer com que os deputados pensem e reflitam. É algo que denigre a imagem da Câmara", complementou.

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