Política

Polícia Civil indicia 14 pessoas pela queda de ciclovia no Rio

Publicado em 25/06/2016, às 19h00   Agência Brasil



A Polícia Civil do Rio indiciou 14 pessoas pela queda de trecho da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, no dia 21 de abril. O acidente deixou duas pessoas mortas, Eduardo Marinho Albuquerque de 54 anos, e Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos. No inquérito conduzido pelo delegado José Alberto Lage, titular da 15ª Delegacia de Polícia, foram ouvidas 27 pessoas, entre testemunhas e envolvidas no caso. Segundo a polícia, nas provas do inquérito há informações de engenheiros responsáveis pela obra reconhecendo que o projeto deveria conter um estudo prévio do regime das marés e de que havia a necessidade de um plano de contingência que considerasse a instabilidade das marés.
“Verificou-se que não foi cogitada a incidência de ondas nos tabuleiros da ciclovia, não tendo havido uma reunião para o estudo dessa incidência. A solução construtiva revelou-se frágil na fixação dos tabuleiros”, ressaltou a polícia em nota à imprensa.Por fim, o inquérito aponta negligência dos envolvidos, pela inobservância de cuidados na realização dos projetos básico, executor e fiscalizador da obra.
Foram indiciadas sete pessoas da Empresa Geo Rio: Fábio Lessa Ribeiro, Juliano de Lima, Geraldo Batista Filho, Marcus Bergman, todos membros da Diretoria de Estudos e Projetos, da Comissão de fiscalização, o geólogo Élcio Romão Ribeiro, Ernesto Ribeiro Mejido e Fabio Soares Lima. Do Consórcio Concremat/Concrejato foram seis os indiciados: Ioannis Saniveros Neto, Marcelo José Ferreira de Carvalho, Jorge Alberto Schnneider, Fabrício Rocha Souza, Nei Araújo Lima, projetista terceirizado pelo consórcio, Claudio Gomes Castilho Ribeiro, responsável técnico e sócio da Engemolde. Da Subsecretaria Municipal de Defesa Civil foi indiciado o coordenador técnico Luís André Moreira Alves, por falta de plano de contingenciamento para a interdição da ciclovia em caso de ressaca.
A Ciclovia Tim Maia foi inaugurada no dia 17 de janeiro deste ano, ao custo de R$ 44 milhões. 

Classificação Indicativa: Livre

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