Política

Documento da PF reforça suspeita de tráfico de influência no governo Lula

Publicado em 26/06/2016, às 07h43   Redação Bocão News


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Um relatório da Polícia Federal anexado em inquérito da Operação Lava Jato, em Curitiba, reúne cópias de e-mails do pecuarista José Carlos Bumlai que reforçam as suspeitas dos investigadores de tráfico de influência no governo Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com informações do Estadão. A publicação afirma que são conversas de Bumlai com um lobista, empresários e amigos do ex-presidente que tratam da agenda do ex-presidente, de ministros e de assunto no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Nas mensagens trocadas no período em que Lula era presidente, os interlocutores tratam com Bumlai e outros amigos do ex-presidente de negócios em Gana, no Catar, de uma parceria com o BNDES, com pedido de agendamento de reunião com o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, do Programa Fome Zero e de assuntos de interesse de um servidor da Infraero.
“Parte da influência exercida por Bumlai pode ser verificada em e-mail enviado por seu filho, Fernando, no qual ele pergunta se pode interceder por Roberto da Infraero de Campo Grande, que esta sendo transferido para Guarulhos”, registra o Relatório de Informação 64/2016, da PF de Curitiba, anexado em um desses inquéritos. Ele trata do conteúdo das mensagens de duas contas de e-mail do pecuarista.
No material reunido pela PF, há ainda outras mensagens encontradas nos e-mails de Bumlai. Uma deles envolve convite para incluir na agenda de encontros comerciais propiciados pela Presidência com representantes do Catar, em 2010. Nas mensagens estão um representante do Grupo Bertin – investigado pela Lava Jato – e o homem apontado como lobista da Constran.
Em nota, divulgada via assessoria de imprensa ao jornal, o Instituto Lula informou que o ex-presidente informou que “levou 84 missões empresariais brasileiras a países de todos os continentes promovendo contatos de alto nível de empresas brasileiras com autoridades estrangeiras e parceiros comerciais nos mais diversos setores. Eram viagens para promover o interesse do país no exterior. Dentro da lei e a favor do Brasil”, afirma o instituto.

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