O presidente em exercício Michel Temer vai tirar nesta quarta-feira (6) o regime de urgência dos três projetos de combate à corrupção propostos pela presidente afastada Dilma Rousseff, no ano passado, que tramitam atualmente no plenário da Câmara, de acordo com informações divulgadas pelo Estadão. A proposta foi feita nesta terça-feira (5) pela base aliada de Temer na Casa, após reunião com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Segundo o jornal, com a determinação, o governo deve incluir as propostas a partir da próxima semana na comissão especial que analisará o projeto 10 Medidas Contra a Corrupção, apresentado pelo Ministério Público Federal e por uma ação popular que coletou mais de 2 milhões de assinaturas. Da reunião com Janot participaram 18 deputados de 14 partidos.
De acordo com o líder do governo, André Moura (PSC-SP), houve um acordo com Janot para tirar o regime de urgência das medidas, pois algumas matérias são consideradas correlatas com os projetos anticorrupção propostos pelo Ministério Público Federal. Para o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, as propostas poderão ser compatibilizadas na comissão.
O pacote de Dilma foi lançado como resposta às manifestações de março de 2015 e inclui criminalização de caixa 2 e tipificação do crime de enriquecimento ilícito de agentes públicos.
