Política

Cálculo por vagas dificulta unidade na chapa proporcional PT, PCdoB, PSB e PSD

Publicado em 07/07/2016, às 19h02   Luiz Fernando Lima



A decisão sobre a candidatura à prefeitura de Salvador do grupo político que congrega PT, PSD, PCdoB e PSB tem tudo para ser tomada ainda nesta semana. O principal entrave objetivo para que os partidos deste campo se aglutinem em torno da candidatura de Alice Portugal é a coligação proporcional.

Os comunistas querem manter as duas cadeiras que ocupam na Câmara Municipal. O PSB também elegeu dois, mas perdeu um, o interesse dos socialistas é ter dois assentos na próxima legislatura sendo um deles cativo de Silvio Humberto. O PT tem seis vereadores e faz contas que giram em torno de quatro a seis eleitos em outubro.

Pontos de entrave são justamente as candidaturas de Humberto vista como, em números, com menos capilaridade que a do ex-deputado estadual Capitão Tadeu que tentará uma vaga. No caso dos comunistas o que pega é a reeleição da combativa Aladilce Souza, que obteve 5.007 votos na última eleição e não se sabe, ao certo, se conseguiu manter a base. Everaldo Augusto teria conseguido ampliar a base de votação e teria um cenário menos periclitante pela frente.

O coeficiente eleitoral que a equipe de planejamento dos partidos trabalha é de 28 mil votos para eleger cada vereador. A linha de corte varia entre 5 e 5,5 mil sufrágios para o candidato da coligação figurar na lista de eleitos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É aí que está o ponto de divergência entre os partidos.

Entre os petistas os mandatos de Luiz Carlos Suíca e Arnando Lessa são tidos como garantidos. O primeiro é considerado inalcançável com possibilidade de ultrapassar os 10 mil votos. Já Lessa teve 7.158 votos em 2012 e, segundo os prognósticos, deve ampliar. Moisés Rocha e Gilmar Santiago estariam bem à frente de qualquer candidato dos outros partidos que podem compor a coligação. Marta Rodrigues, Vânia Galvão e o ex-deputado estadual Yulo Oiticica têm prognósticos favoráveis.

Portanto, das oito vagas estimadas para a coligação formada por  PT, PCdoB e PSD  quatro estariam ocupadas na largada por petistas, uma pelo professor Edvador Brito e restariam três em disputa franca. Neste sentido, garantir duas vagas para os comunistas é algo que não dá para contar e este risco não interessa à legenda.

O grupo do PSB provavelmente saíra sozinho. Caso contrário, a equação que vale para o PCdoB pode ser transferida para os socialistas em uma eventual coligação com o PT.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp