Política
Publicado em 12/07/2016, às 16h58 Luiz Fernando Lima
A bancada do PT na Câmara dos Deputados define apoio à candidatura de Marcelo Castro (PMDB) para a presidência da Casa. Formada por 58 parlamentares em exercício, o agrupamento se reúne ainda neste fim de tarde para bater o martelo.
O líder da bancada, Afonso Florence (PT-BA), afirma que é preciso defender um candidato que reúna as condições de levar a disputa para o segundo turno e vencer o pleito. Alguém, principalmente, que esteja comprometido com a pauta dos petistas.
Na segunda-feira (11) havia a determinação que o candidato deveria ser de um partido contrário ao impeachment, no entanto, a posição mudou ao aceitarem que um peemedebista represente o grupo. Castro foi contrário ao impedimento da presidente Dilma Rousseff.
A eleição acontece na quarta-feira (13) a tarde. “O candidato não pode tocar os trabalhos como Eduardo Cunha (PMDB) fazia. Proteger os interesses de empresas e de corruptos. Tem que aceitar tocar a pauta progressista e em defesa da democracia”.
O desafio é derrotar o Rogério Rosso (PSD-DF), que presidiu a comissão de impeachment e tem relações estreitas com Cunha. Rosso faz parte da bancada chamada de “Centrão”. Já Rodrigo Maia (DEM-RJ) ainda tenta convencer os membros da antiga oposição a apoiarem ele. A unificação é a única forma de Maia ganhar densidade eleitoral. Contudo, Júlio Delgado (PSB-MG) ainda não desistiu de disputar o cargo.
Vale ressaltar que o novo presidente da Casa ganha status de vice-presidente da República a partir do momento em que assumir o cargo. Para além, se o impeachment prosperar no Senado em agosto, como é esperado por quem acompanha o dia a dia da Casa Alta do Congresso Nacional, o novo presidente é oficializado como o segundo na linha sucessória e em tempos de Lava-Jato não será surpresa se vir a assumir o cargo maior da República.
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