Política

Odebrecht é entrave para Corinthians conseguir carência no Itaquerão

Publicado em 13/07/2016, às 06h59   Redação Bocão News



A situação da Odebrecht é o principal entrave para que o Corinthians consiga aumento do prazo para pagar as parcelas do empréstimo que recebeu do BNDES, de R$ 400 milhões, para a construção do estádio, de acordo com informações da Folha. O pedido do clube e do fundo criado para administrar a arena é que a Caixa Econômica Federal (banco repassador do financiamento) e o BNDES autorizem que o parcelamento seja suspenso por 17 meses, de forma que haja tempo para acúmulo de receitas. O fundo é formado por Corinthians, Odebrecht e Caixa.
Ainda segundo o jornal, o pagamento das parcelas, no valor de cerca de R$ 5 milhões por mês, começou em julho do ano passado, após um período de carência de 19 meses. As regras do BNDES, porém, davam permissão para que essa carência fosse de 36 meses, ou seja, exatamente os 17 meses a mais que o clube alvinegro reivindica.
A reportagem afirma que foram pagas as parcelas até março deste ano. Desde abril, o Corinthians está inadimplente –segundo a Caixa, a negociação em andamento permite pausa nas transferências. O pleito do clube e do fundo não é para que a quitação aconteça 17 meses depois, mas sim que ao final dos 17 meses as parcelas sejam remanejadas. Assim, os valores aumentariam um pouco por mês, mas o pagamento total terminaria na mesma data previamente combinada, ou seja, dezembro de 2028.
Por fim, o jornal ressalta que a Caixa, porém, pediu novas garantias para autorizar o pedido. O Corinthians tem duas matrículas de sua sede comprometidas, enquanto a maior parte da garantia vem da Odebrecht. O banco, porém, tem argumentado que a situação instável da construtora torna as garantias anteriores mais frágeis –as dívidas da construtora chegavam a R$ 90 bilhões em abril de 2016.

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