Política

Escolha de Maia trará maior harmonia na relação com Executivo, diz Temer

Publicado em 14/07/2016, às 12h41   Folhapress



O presidente interino, Michel Temer, avaliou nesta quinta que a escolha de Rodrigo Maia (DEM-RJ) como novo presidente da Câmara dos Deputados trará maior harmonia na relação entre o Legislativo e o Executivo.

Em breve comentário, feito antes de encontro com o novo presidente, o peemedebista disse que ficou "felicíssimo" com a escolha do democrata e afirmou que o resultado do processo parlamentar revela uma distensão do clima de animosidade que havia no país.

"Senti que o Brasil está se distensionando. Nós teremos uma harmonia muito maior que será útil para o Poder Executivo. No caso, é preciso ter um apoio substancioso do Poder Legislativo, sem o qual fica difícil de governar. Os candidatos eram praticamente todos da base aliada e foi uma disputa muito competente e adequada, tendo o resultado que a Câmara dos Deputados desejou", disse.

Segundo o peemedebista, a Câmara dos Deputados deu uma demonstração de "conduta cívica" no processo eleitoral. Ele elogiou o fato dos dois finalistas da disputa sucessória, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF), terem se abraçado antes do anúncio do resultado final.

"Nós temos pregado a pacificação e a harmonia do país e assistimos, nos vários discursos, a pregação de uma harmonia interna. No ultimo ato, os dois candidatos se abraçaram para revelar a distensão", disse.

O presidente interino receberá no início da tarde o novo presidente no Palácio do Planalto. No encontro, pedirá apoio a uma agenda de unidade nacional e solicitará celeridade em propostas do governo federal.

Nas palavras de um assessor presidencial, o peemedebista precisará desde já iniciar relação de confiança com o vencedor, uma vez que, caso Dilma seja afastada definitivamente, ele atuará como vice-presidente, assumindo o comando do país durante viagens internacionais.

Com a escolha, Temer iniciará mobilização para curar as feridas deixadas pela disputa parlamentar dentro da base aliada. Ele definiu que terá de identificar os focos de insatisfação dentro da base aliada para garantir a aprovação da agenda econômica de interesse do Palácio do Planalto.

O governo interino pretende aprovar ainda neste ano projetos considerados estratégicos para recuperar a confiança e retomar o crescimento, como a proposta do teto para os gastos públicos, a renegociação das dívidas estaduais e as reformas previdenciária e trabalhista.

Como são polêmicos, os temas precisarão de uma base aliada coesa para serem aprovados. Por isso, na avaliação de assessores e auxiliares presidenciais, não há como perder tempo e é necessário buscar desde já deputados federais insatisfeitos ou irritados com o resultado da eleição.

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