Política

Em meio a protestos, Pinheiro enfrenta primeiro teste de resistência na SEC

Publicado em 16/07/2016, às 10h00   Rodrigo Daniel Silva e Aparecido Silva


FacebookTwitterWhatsApp

Há pouco mais de um mês na Secretaria Estadual de Educação, o senador licenciado Walter Pinheiro (sem partido) enfrenta o seu primeiro grande teste na pasta com os protestos dos estudantes. Desde a semana passada, os alunos da rede estadual em toda a Bahia criticam faltam de infraestrutura das escolas.

A estudante Maiara Coutinho, do 3º ano, chegou a chamar a situação da Educação baiana de “crise” e a propaganda do Governo do Estado 'Eu amo minha escola' de farsa".  "Estamos em uma crise. O Governo precisa olhar para os colégios. Os horários estão reduzidos, as escolas não têm merenda, os alunos estão tendo que limpar as salas porque não tem funcionário. Estamos nas mãos de Deus", afirmou, em meio a colegas com cartazes que criticavam a figura de Pinheiro.

Pinheiro assumiu a secretaria após o professor Osvaldo Barreto pedir demissão da função em março. A pasta de Educação é um “pepino” em qualquer administração seja estadual, seja municipal, e não é diferente na Bahia. Logo no início da sua gestão, Walter Pinheiro tomou uma decisão impopular. Anunciou a demissão de cerca de três mil vigilantes terceirizados. Disse que os contratos das empresas terceirizadas não estavam de acordo com a Lei Anticalote, instrumento que pretende garantir o pagamento dos salários aos funcionários. No ditado popular, teve que trocar o pneu com o carro em movimento, isto é, reduzir 120 contratos a apenas 12 com o ano letivo em andamento.

A medida já estava sendo planejada pelo antecessor no cargo, por determinação do governador Rui Costa. Constantemente, trabalhadores das empresas contratadas pela SEC paralisavam as atividades e o funcionamento das unidades de ensino do estado acabava sendo prejudicado.

Agora, o secretário afirma que os funcionários que estavam sem receber pertencem a empresas com pendências no cadastro da secretaria e, por conta disso, o governo fará o pagamento diretamente aos funcionários. 

Em entrevista à Metrópole FM nesta quinta (14), Pinheiro relatou cobrança para solucionar os problemas da pasta e chegou comparar: "A gente tem um nível de cobrança que é natural. Mas se isso fosse fácil, não se arrastaria por seis anos. As vezes, o pessoal quer que eu resolva em 6 dias, o que não foi resolvido em seis anos”.

Como parte do desafio do novo secretário, está dar celeridade às ações que o governador elegeu como prioridade logo no início da gestão, que envolvem o programa Educar para Transformar. 

Matéria publicada originalmente às 12h18 desta sexta-feira (15)

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp