Filho de Aleluia e Aladilce trocam farpas sobre projeto Escola Sem Partido

O filho do deputado José Carlos Aleluia, Alexandre Aleluia, ambos do DEM, e a vereadora Aladilce (PCdoB) trocaram farpas nas redes sociais por causa do projeto Escola Sem partido. A proposta prevê a "neutralidade" dos professores, limitando que os docentes exponham sua opinião política, por exemplo, nas salas de aula. Haveria ainda canais de reclamações para que alunos e familiares denunciem professores que estejam em desacordo com o texto.

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Em sua rede social, Alexandre Aleluia disse que Aladilce fazia uma análise do projeto sem ler e partia da “ignorância para criticar algo do qual não tem conhecimento”. “Este é o "senso crítico" que a esquerda tanto defende que seja mantido nos espaços escolares. Ela ainda cita, como postei anteriormente, o guru da pedagogia esquerdista brasileira, patrono da ruína de nossa educação, Paulo Freire, para quem 'todo ensinamento pressupõe valores e base ideológica'. Somente a mente revolucionária pode conceber o ensino desta forma, sem isenção, uma vez que não consideram o livre-arbítrio, mas seguem engajados na prática imoral segundo a qual os fins podem ser alcançados por quaisquer meios”, criticou o democrata, que é pré-candidato a vereador de Salvador.

Segundo o democrata, o Escola Sem Partido defende “justamente o que a esquerda propõe apenas em discurso: que a sala de aula seja campo aberto para o debate, para a liberdade de pensamento, para a construção do real conhecimento a partir da análise do estado real das coisas. Esta é a razão de a esquerda e de lobotomizados em geral arrepiarem-se ao ouvir que pode haver ensino isento”.

“O socioconstrutivismo paulofreiriano fez o Brasil despencar nos rankings do aprendizado internacional e continua a ser louvado. Mas é sempre assim: não importa qual o resultado do pensamento de um homem, se é tido como "iluminado", nada pode ferir a sua imagem, contestá-lo, eis o princípio de liberdade da esquerda. Por isso que continuam sendo admirados Che, Mao, Lênin, Stálin, Fidel, Marighela, Lamarca, Prestes, Lula e Dilma. Não se deve ousar questioná-los”, condenou.

Nos comentários, a vereador Aladilce Souza rebateu o pré-candidato democrata. “Até gostaria de debater com você, se seu post não estivesse carregado de ódio, ignorância e preconceito. Eu entendo a sua necessidade de querer aparecer, durante uma campanha eleitoral, mas até pra isso tem que ter embasamento. Você já tem um sobrenome pra te ajudar, agora faz sua parte, vai estudar e trabalhar por aquilo que você acredita, sem precisar atacar ninguém para aparecer, nem ficar jogando informações falsas e sem fundamento”, disparou.

MPF

Na semana passada, o Ministério Público Federal disse que o projeto de lei que quer implementar o Escola Sem Partido é inconstitucional, pois impede o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, nega a liberdade de cátedra e a possibilidade ampla de aprendizagem e contraria o princípio da laicidade do Estado.