Política

Ministra do TSE manda investigar gastos de campanha de Aécio em 2014

Publicado em 11/08/2016, às 06h45   Folhapress



A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Maria Thereza de Assis Moura, determinou investigação sobre gastos da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República em 2014, após receber denúncias de possíveis irregularidades na contratação de fornecedores. 
A decisão tem como base pedido do PT que apontou indícios de que empresas contratadas pela campanha de Aécio seriam de fachada e também do uso de caixa dois -as mesmas irregularidades estão sendo investigadas com relação à campanha da presidente afastada Dilma Rousseff em 2014. 
Em seu despacho, publicado na noite desta quarta-feira (10), a ministra pede que a assessoria técnica do TSE verifique se as fornecedoras de campanha têm funcionários registrados e se as empresas foram abertas no mesmo ano da campanha, para verificar se houve efetiva prestação dos serviços contratados. 
A própria assessoria do TSE já havia apontado nove ocorrências de possíveis irregularidades nas contas de Aécio. 
"Entendo ser salutar a apuração efetiva de denúncia de fatos graves eventualmente trazidos para a prestação de contas, não só pelo reflexo que podem trazer no julgamento da própria prestação", escreveu a ministra. 
Quando o PT apontou irregularidades, a defesa de Aécio afirmou que a legenda fazia "instrumento de guerra política e midiática com o objetivo único e exclusivo de encontrar meios para enfrentar o debate público". 
Na ocasião, em nota, o PSDB acusou o PT de criar factóides e disse que acionará a Justiça contra o adversário por litigância de ma fé, ou seja, quando uma das partes de um processo demanda intencionalmente com deslealdade e ou corrupção. Os tucanos apontaram ainda que o PT, inclusive, é quem ainda deve explicações à Justiça Eleitoral. 
"É surpreendente que o Partido dos Trabalhadores, que responde a graves acusações em todas as áreas, inclusive na eleitoral, sobre as quais ainda não prestou explicações, tenha tempo ainda para criar factoides contra adversários numa tentativa de desviar a atenção da opinião pública às vésperas da votação do impeachment da presidente", diz o texto. 
A assessoria jurídica do PSDB afirmou que "as denúncias apresentadas pelo PT nas prestações de contas do PSDB são totalmente inconsistentes". De acordo com a assessoria, há "nítido proposito político" na atitude do PT. "Não há qualquer irregularidade nas despesas efetuadas pelo partido."

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