Política

Janot pede investigação da Odebrecht e outras empresas por suspeita de corrupção

Publicado em 18/08/2016, às 07h06   Redação Bocão News


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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF que a investigação sobre empresas suspeitas de corrupção na Caixa Econômica Federal seja enviada para o juiz Sergio Moro, de acordo com informações publicadas pela Folha, nesta quinta-feira (18).
Segundo o jornal, entre as investigadas está o grupo J&F, que inclui a gigante do ramo frigorífico JBS, a BR Vias, do dono da Gol, Henrique Constantino, e a Odebrecht Ambiental. O pedido foi feito ao ministro Teori Zavascki e ainda não teve decisão. Elas são acusadas na delação premiada do ex-vice presidente da Caixa, Fábio Cleto, de terem pago propina em troca da obtenção de recursos do fundo de investimentos do FGTS.
Ainda de acordo com a publicação, Cleto apontou como recebedores da propina ele próprio, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro. No caso da J&F, a acusação de Cleto é que houve pagamento de propina em troca de um aporte de R$ 940 milhões para a Eldorado, integrante do grupo. O delator também apontou relação entre Joesley Batista, que foi alvo de buscas, e Funaro. As outras empresas relacionadas são a Haztec, a Aquapolo Ambiental, a BR Vias, a Lamsa (Linha Amarela S.A.), a Brado Logística e a Moura Dubeux Engenharia.
A Procuradoria-Geral da República pede para ser mantida no Supremo apenas a investigação relacionada a Cunha, por ele ter foro privilegiado, e solicita a abertura de novo inquérito para apurar de que forma o peemedebista teria recebido a propina.
Em nota, a J&F diz que as empresas do grupo "estão e estarão sempre à disposição para colaborar com qualquer investigação" e que "reitera todo seu interesse em colaborar com as autoridades". A defesa de Cunha diz que o pedido por novo inquérito mostra que a denúncia já movida contra o peemedebista foi "açodada" e sem provas. A defesa de Funaro afirmou que o pedido de desmembramento "ratifica a absoluta ausência de provas de qualquer ato ilícito". A BR Vias diz que não foi notificada. A Brado afirma que as acusações se referem a uma gestão anterior e que abriu auditoria interna. As outras empresas não comentaram ou não responderam.

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