Política

João Henrique quer vereadores nas discussões sobre modal

Imagem João Henrique quer vereadores nas discussões sobre modal
Prefeito chegou acompanhado do presidente da Câmara em "festa" de Jaques Wagner  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 30/06/2011, às 20h41   Luiz Fernando Lima



O prefeito João Henrique (PP) voltou a defender a inclusão da prefeitura de Salvador e dos vereadores da capital nas discussões sobre mobilidade urbana, atualmente, protagonizado pelo governo do estado.

O chefe do Executivo municipal chegou na solenidade de entrega do título de Cidadão Baiano ao governador Jaques Wagner acompanhado do presidente da Câmara, Pedro Godinho (PMDB) para “pressionar” os representantes do estado a incluirem os legisladores nas discussões.

“Queremos que a prefeitura e Câmara participem mais efetivamente do processo. São 41 vereadores legitimados pelas urnas, o prefeito legitimado duas vezes também. Nós queremos fazer o trabalho a quatro mãos. Queremos participar com o governador, com o seu secretariado, não sei se a Assembleia Legislativa. O que nós estamos vivendo ai é a necessidade de harmonizarmos as ações para não perdemos tempo e nem dinheiro”.

O prefeito acredita que esta “operação conjunta” pode blindar os projetos de modo que não sofram interferências de órgãos de controle externo que possam comprometer o cronograma das obras.

“Queremos encontrar uma forma de conduzir o processo e de prevê a sua operacionalização que esteja blindada de ações externas que possam furar o cronograma da Copa do Mundo. Ações de órgãos de controle externo, por exemplo, o Aeroclube está parado há oito anos, o próprio metrô, que só na minha gestão sofreu cinco interrupções, então estas interferências não têm compromisso com cronogramas, mas o prefeito tem compromisso com o cronograma, o governador também tem.

Questionado sobre o papel destes órgãos
e as suas prerrogativas, o prefeito afirmou que as intervenções preventivas precisam levar em consideração a urgência das obras. “É um preventivo que, às vezes, não respeita o cronograma. Então a minha preocupação é que ainda que tenham que agir por dever de oficio, como eles agem, eles não tirem do foco as questões de prazos, da Copa do Mundo e a questão custos. Nós temos limitações de recursos”.

O governador, em entrevista coletiva, reafirmou que não tem nenhuma paixão por um tipo de sistema de transporte específico. Para ele, não é possível pensar em apenas um modal para uma cidade do tamanho de Salvador. “Estão estabelecendo um antagonismo, onde existe complementaridade. Metrô, ônibus e BRT (Bus Rapid Transit) são complementares. Eu não sei a quem interessa estabelecer uma falsa dicotomia”, disse.

Wagner revelou também que estava reunido com o prefeito João Henrique, o chefe da Casa Civil da capital, João Leão e com o secretário de Transporte da cidade, José Matos, quando recebeu o resultado da analise dos dez projetos sobre modais. Segundo o governador, agora resta apenas sentar e combinar qual a melhor solução.

O governador defendeu ainda que para a Avenida Paralela a melhor solução é o metrô. “Algumas pessoas não tem o áabito de debater dentro do espírito democrático. Acham que existe o certo e o errado, o vermelho e o branco e que você escolhe de um lado ou de outro. A vida não é assim, é muito mais complexo que isso e eu espero que a gente tenha maturidade para discutir isso. Eu não tenho porque ter  uma opção e a prefeitura outra, até porque, eu insisto, nós recebemos a conclusão dos estudos da Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) juntos.

Uma fonte ligada ao Palácio de Ondina, que pediu para ter o nome preservado, diz ser conveniente para os vereadores querer entrar no assunto agora. De acordo com ele, tem muitos interesses econômicos envolvidos nesta discussão e a única certeza que se pode ter é que alguma empresa vai deixar de ganhar muito dinheiro. “Partindo deste princípio, fica mais visível o que está em jogo”.

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