Sobre ilustração, recomendações e coliformes fecais

O prefeito de Salvador e candidato à reeleição ACM Neto (DEM) publicou no twitter foto da praia de Tubarão, no subúrbio ferroviário da capital, para ilustrar os 12 trechos de orla que recuperou nos quatro anos de gestão. A ele é atribuído, pelos adversários políticos, o direcionamento das intervenções para áreas nobres da cidade. Isto justifica a exemplo escolhido para apresentar as intervenções.

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Contudo, outro dado é interessante neste contexto. No último dia 19 de agosto, o Instituto do Meio Ambiente e Recurso Hídricos (Inema) divulgou, com faz semanalmente, a lista de praias impróprias para banho na orla de Salvador. Tubarão, assim como as vizinhas, Paripe, Periperi, Penha, Bogari, Pedra Furada, Boa Viagem e Canta Galo. A praia do Rio Vermelho, além da Pituba, Boca do Rio, Patamares, Itapuã e Buraquinho (em Lauro de Freitas) também não devem ser usadas para aquele banho revigorante de mar aos domingos.

Intrigante é a permanente presença destes mesmo “pedaços” de praia na lista de impróprias para banho. A despeito da recomendação do Inema, muitas pessoas frequentam estas áreas e se divertem e não apresentam a infecção intestinal ou inflamações gástricas que podem acometer quem ingere a água poluída. Na “tora”, como se diz em Salvador, os banhistas vão vencendo as bactérias, assim como a falta de ações do poder público para resolver os problemas causadores desta poluição.