Política

Cunha ligará pessoalmente para cerca de 300 deputados até julgamento

Publicado em 06/09/2016, às 08h36   Redação Bocão News



A Câmara dos Deputados repetir a tradição de não realizar votações nas semanas que antecedem as eleições e pode ter o processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como pauta exclusiva até outubro.
Nos bastidores, comenta-se que aliados do ex-presidente da Câmara tentarão abrandar a pena de cassação do mandato dele na votação, caso haja quorum para votar. A estratégia é partir para uma guerra regimental, questionar procedimentos e tentar adiar a votação prevista para o próximo dia 12. 
De acordo com o jornal o Globo, os aliados querem apresentar emenda para trocar a pena de perda do mandato pela de suspensão temporária, 90 dias ou de até seis meses. Como a cassação do deputado afastado só ocorrerá com o voto de pelo menos 257 dos 513 deputados, ausências e abstenções o beneficiam. Outros defendem que basta se abster, sob o argumento de que estariam impedidos de julgar o aliado. Poucos são aqueles que garantem que estarão presentes à sessão e que se dizem decididos a condenar o deputado afastado à perda do mandato.
Segundo a Folha, depois de mandar cartas, Eduardo Cunha vai telefonar para cerca de 300 deputados até o dia de seu julgamento. Pedirá voto contra a cassação. A publicação afirma que líderes partidários dizem que ainda não foram procurados pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está interinamente na Presidência da República devido à viagem de Michel Temer à China, para tratar de uma nova lei de repatriação de recursos — o presidente da Câmara quer pautar o novo projeto em outubro.
Maia disse ao jornal que tentará ainda organizar uma pauta de votações para a terça-feira (13), mas a tendência é de que não haja quorum. Depois disso, as votações só serão retomadas após o primeiro turno, marcado para 2 de outubro.

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