Deputados que não votaram contra Cunha se justificam até com insolação

Ao ter o seu mandato cassado por 450 votos favoráveis, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) viu sua extensa bancada se reduzir a apenas 10 votos por sua absolvição. No entanto, as nove abstenções e as 42 ausências, somadas aos 10 defensores, dá um total de 61 deputados que ainda ficaram ao seu lado. Entre os ausentes, segundo o jornal Folha de S. Paulo, as justificativas foram as mais inusitadas possíveis.

A deputada Raquel Muniz (PSD­-MG) não apareceu na cassação de Cunha, nesta segunda (12). "Eu não estava bem. Estou em campanha no meu Estado, fiz uma caminhada muito longa e acho que peguei uma insolação", afirmou a deputada ao diário paulista.

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Outro aliado de Cunha que não deu as caras foi o líder da bancada do PTB, Jovair Arantes (GO), indicado pelo peemedebista para relatar o processo de impeachment de Dilma. "Achei melhor não ir, simples assim", resumiu.

Notório aliado de Cunha, o líder do governo de Michel Temer na Câmara, André Moura (PSC­SE), só chegou à sessão minutos antes da hora da votação e apertou o botão de abstenção. Sua assessoria anunciou uma entrevista coletiva nesta terça­feira (13), mas ele não apareceu. 

Entre os dez deputados que votaram pela inocência de Cunha, Carlos Marun (PMDB­-MS) foi o que mais se dispôs a defendê-­lo publicamente. "Faria tudo de novo. A tendência é até de a minha votação crescer nas próximas eleições. As pessoas buscam políticos com coragem de defender aquilo que pensam."