Política

Lava Jato diz que Léo Pinheiro não auxiliou na expansão das investigações

Publicado em 26/09/2016, às 07h56   Redação Bocão News


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O interrogatório do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, ao juiz federal Sérgio Moro foi considerado pela Procuradoria da República uma ‘tática de contenção de danos’, de acordo com informações do Estadão. Em alegações finais de ação penal sobre propina na CPMI da Petrobras, em 2014, anexadas aos autos da Operação Lava Jato, os procuradores afirmam que Léo Pinheiro ‘não inovou’ quando falou em 13 de setembro.
“A pretexto de “colaborar com os fatos do processo”, Léo Pinheiro, após exercer o direito ao silêncio em uma primeira oportunidade, requereu ao juízo a realização de novo interrogatório. Na ocasião, o Ministério Público Federal peticionou ao juízo esclarecendo ser desnecessário o novo interrogatório do acusado para fins de eventual colaboração, notadamente porque os fatos atinentes ao processo estavam devidamente comprovados”, anota a força-tarefa.
Segundo informações publciadas pelo jornal, para a força-tarefa, o interrogatório do empreiteiro ‘não inovou na instrução, tampouco auxiliou na expansão das investigações, pressuposto básico para se falar em colaboração, na forma da Lei nº 12.850/2013’. “Apenas foram trazidos à baila, parcialmente, fatos já descortinados por provas materiais e depoimentos de colaboradores e testemunhas.Houve, portanto, por parte de Léo Pinheiro, uma inegável tática de contenção de danos. Além disso, o acusado negou fatos claramente provados no curso da instrução, como por exemplo, seu auxílio a Gim Argello na solicitação de propinas para José Antunes da Engevix, buscou proteger seus aliados, notadamente, o réu Roberto Zardi (da OAS), contra o qual há farta prova da prática dos crimes imputados, bem como, diversamente do contido no caderno probatório e de forma contraditória com trechos do próprio depoimento, tentou se vitimizar em determinados momentos da inquirição”, afirma a Procuradoria.
O ex-presidente da OAS é réu por pagar propina ao ex-senador Gim Argello para que executivos do cartel envolvido em corrupção na estatal não fossem convocados em CPI do Congresso. Léo Pinheiro tentou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. No fim de agosto, o Ministério Público Federal suspendeu as negociações após vazamento de informações sobre as tratativas entre o empresário e os investigadores da Lava Jato.
Neste processo, Léo Pinheiro é acusado por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e embaraço à investigação. A força-tarefa pediu a Moro que mantenha a prisão preventiva de Léo Pinheiro.

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