Cunha ‘veste’ discurso de vítima e se diz perseguido

Cassado, o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), tem sido alvo frequente de protestos em público desde o seu afastamento. Principal responsável pelo início do processo de impeachment que culminou com a cassação de Dilma Rousseff (PT), Cunha usou o seu twitter neste domingo (16) para contestar uma nota publicada na coluna de Ancelmo Góes no jornal O Globo.

Em sua conta pessoal na rede social inicia a postagem afirmando que de nada adianta reclama, mas que ainda assim, iria registrar as “mentiras que publicam sobre mim e a minha família”. “A coluna desse meu desafeto, publica hoje que a minha mulher teria sido hostilizada no banheiro de um shopping por um grupo de mulheres na última quinta-feira. Na quinta feira, ela nem esteve no tal shopping. Em outro dia que esteve, esse fato simplesmente não aconteceu”.

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O ex-deputado denunciado na Operação Lava Jato escreve ainda que “não adianta nem mandar desmentido, que não publica. Ele não é sério e não tem compromisso com a verdade”. Demonstrando a mesma arrogância que o marcou durante o período em que esteve no comando da Casa Baixa do Congresso Nacional, Cunha afirmou que “por isso já o processo por outras notas, já o ‘condenei’ e até já recebi, no passado, indenização do jornal”.

Após dizer que já “condenou” o colunista, Cunha utiliza outra estratégia para se dizer perseguido, a vitimização. “A campanha das organizações Globo contra mim estimula a intolerância. Publicações mentirosas são a constante. Acho engraçado o outro colunista que inventou a notícia que eu viajava só de jatinhos. Agora quando e publica a forma que eu viajo, não tenha tido a honestidade de reconhecer a verdade (sic). Inventar notícias da minha mulher e da minha família, só mostra a qualidade desse jornalismo tendencioso das organizações Globo”.

Em tempo: no nome do perfil no Twitter, Cunha mantém a função que exercia até ser cassado em 13 de setembro deste: “deputadoeduardocunha”.