Política

Otto prega ponderação sobre novas filiações ao PSD: o berçário está cheio

Publicado em 20/10/2016, às 16h01   Alexandre Galvão



O senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD, afirmou que não está trabalhando neste momento para atrair nenhum novo quadro para o partido. Saiu-se, ao ser questionado sobre uma eventual chegada do senador licenciado Walter Pinheiro para o PSD, com a seguinte expressão: o berçário está cheio. Tem muita gente para tomar conta já.

A declaração dada em tom de brincadeira foi pronunciada nesta quinta-feira (20) durante a 13ª semana nacional de Ciência e Tecnologia em Salvador. Otto também colocou “panos quentes” nas especulações em torno do desembarque dos deputados federais Roberto Britto e Ronaldo Carletto e do estadual Robinho que estão de malas prontas do PP e com caminho traçado para o porto do PSD.

Sobre este assunto, Otto diz que não conversou com os parlamentares e que não toma decisões sem consultar os outros correligionários. “Um partido grande como o nosso, com oito deputados estaduais, com federais as decisões não são tomadas individualmente. Tudo é discutido no colegiado. É preciso ouvir todos. Eu não vou tomar decisão sozinho. Se o fizesse meu partido ficaria pequeno como todos os outros que escolheram este caminho”.

De acordo com Otto, a eleição acabou, contudo, a febre causada por ela ainda não passou. “É natural que a imprensa paute isso, mas ainda está muito cedo”.

Para o senador, Brasília permanece com o clima tenso tendo como agravante a prisão preventiva de Eduardo Cunha decretada pelo Juiz Federal Sérgio Moro na última quarta-feira (19). “ Teve reunião do PMDB. Nós íamos saindo de lá (Brasília) e o avião do presidente Michel Temer posando. Daqui a quatro meses, com a crise crônica da Lava Jato, muitas coisas vão acontecer.  Eu acho que nós vamos ter muitas alterações no curso político e essas alterações que foram agudas agora para o PT e para outros partidos chegarão para o PMDB. Para o PSDB já chegou. Felizmente o PSD não está envolvido nisso“.

Sobre a possibilidade de uma delação premiada de Cunha “pegar em cheio” congressistas brasileiros, Otto diz que, se Cunha falar, certamente arrastará muita gente. “Tinha relação próxima, íntima com mais de 100 deputados federais”, afirmou. 

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