Política

Parte de caixa dois da campanha de Serra foi paga no exterior, diz Odebrecht

Publicado em 28/10/2016, às 12h12   Redação Bocão News


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A empreiteira baiana Odebrecht apontou à força-tarefa Lava Jato dois nomes como sendo os operadores de R$ 23 milhões repassados pela empreiteira via caixa dois à campanha presidencial de José Serra na eleição de 2010. Hoje, o tucano é ministro das Relações Exteriores no governo Michel Temer.

De acordo com a empresa, parte do dinheiro foi transferida por meio de uma conta
na Suíça após acerto feito com o ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho, na época no PSDB, que integrou a coordenação política da campanha de Serra.

O caixa dois operado no Brasil, de acordo com os relatos, foi negociado com o também
ex­deputado federal Márcio Fortes (PSDB­-RJ), próximo de Serra. Os repasses foram mencionados por dois executivos da Odebrecht nas negociações de acordo de delação premiada com a Procuradoria­Geral da República (PGR), em Brasília, e a força­-tarefa da Lava Jato, em Curitiba.

Um deles é Pedro Novis, presidente do conglomerado de 2002 a 2009 e atual membro
do conselho administrativo da holding Odebrecht S.A. O outro é o diretor Carlos Armando Paschoal, conhecido como CAP, que atuava no contato junto a políticos de São Paulo e na negociação de doações para campanhas eleitorais. 

Ambos integram o grupo de 80 funcionários (executivos e empregados de menor expressão) que negociam a delação. Mais de 40 deles, incluindo Novis e Paschoal, já estão com os termos definidos, incluindo penas e multas a serem pagas. Falta apenas a assinatura dos acordos, prevista para ocorrer em meados de novembro. 

Publicada originalmente às 6h30

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