Política

Médicos neonatologistas anunciam greve em quatro maternidades de Salvador

Publicado em 10/11/2016, às 20h45   Tamirys Machado


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Os neonatologistas, profissionais do ramo da pediatria que cuida dos recém-nascidos, das maternidades Albert Sabin, Tsylla Balbino, Hospital Geral Roberto Santos e Iperba, suspenderão os atendimentos a partir do dia 17 de novembro. A decisão foi tomada em assembleia promovido pela categoria que busca junto ao governo do estado a atualização dos contratos. Conforme o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindmed) os profissionais estão com contratos irregulares há mais de dois anos, após o Tribunal de Contas apontar indícios de irregularidades nos contratos e o Ministério Público do Estado anunciar a necessidade de regularização dos vínculos. Com isso os salários estão atrasados. 
“O prazo dos contratos irregulares, agora, já expirou e a Sesab continua inerte, deixando os neonatologistas na completa incerteza sobre sua relação de emprego e sequer se terão remuneração no final do mês. Muitos já acumulam três ou quatro meses sem salário. Como se não bastasse o clima de angústia, os médicos vem sendo assediados pelo Tribunal de Contas, recebendo ameaças por conta dos contratos ilegais, de iniciativa da Sesab”.
As pacientes que precisarem de atendimento deverão procurar as demais maternidades públicas ou privadas, a exemplo do Hospital Português, Hospital Aliança, José Maria Magalhães. 
A Sesab informou que a decisão é “unilateral e não é adequada” tendo em vista que ainda está em processo de negociação com o sindicato e o prazo final é até dezembro. A secretaria informou que os neonatologistas recebem R$ 920 por 12 horas de trabalho. 
Confira a nota: 
Em relação à greve anunciada pelos neonatologistas que prestam serviço nos hospitais e maternidades estaduais, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) lamenta a posição anunciada pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindmed) enquanto negociações estão em andamento para construção de um novo modelo de relação contratual. Esperamos que os médicos neonatologistas não prejudiquem a população, em especial, os bebês que serão vítimas da intransigência. Mesmo em um cenário nacional de subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS), os neonatologistas recebem R$ 920 por 12 horas. Em pleno processo de negociação, cujo prazo final era dezembro, entendemos que essa decisão unilateral não é adequada.

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