Política

Ângelo Coronel diz que Nilo “faz enxame para dizer que está forte”

Publicado em 08/12/2016, às 13h50   Eliezer Santos



O deputado estadual Ângelo Coronel, nome do PSD na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), disse que o presidente Marcelo Nilo (PSL), que tenta reeleição para chegar ao sexto mandato consecutivo, tem feito supervalorização no número de apoiadores à sua permanência na chefia da Casa.  
“Marcelo dá aquele blefe [...] o problema é que ele gosta de fazer aquele enxame para dizer que está forte”, declarou, durante entrevista, nesta quarta-feira (7), ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM.
Ângelo voltou a ironizar o almoço que Nilo ofereceu a deputados na terça-feira (6) para arrebanhar votos, que teve a presença do deputado Pastor Sargento Isidório (PDT), também postulante ao cargo. “O doido estava lá, mas disse que não vai votar em Nilo. Isidório foi saborear a carne do Barbacoa”, cutucou.
Ângelo afirmou, inclusive, que tem tido conversas com o PDT e aguarda veredito do cacique da legenda, o deputado federal Félix Mendonça Júnior. “Depende da retirada da candidatura de Isidório”, completou. Apesar de compor a base governista, Ângelo diz que as conversas com deputados de oposição “estão bem alinhavadas”. “O PT já declarou apoio a Nilo, tenho que buscar o contraponto”.
Ele disse ter recebido a promessa de “neutralidade” do governador Rui Costa (PT). “Almocei com ele dez dias atrás, ele em nenhum pediu que eu recuasse, disse que minha candidatura era salutar”.
“Não sou apaixonado por minha candidatura, mas não quero ser conivente com mais uma reeleição. As decisões na Assembleia são monocráticas. Ele [Marcelo Nilo] leva tudo pronto para a Mesa Diretora homologar. Os colegas estão cansados desse continuísmo. Ele tem que se desapegar, já são dez anos. Tudo na vida tem que ter limite, o limite dele chegou”, acrescentou.
Coronel também criticou o argumento usado anteriormente por Nilo de que a permanência no comando da AL-BA facilitaria as tratativas por um espaço na chapa majoritária de 2018. “Isso é um projeto pessoal, tem que ser administrado com o grupo político dele. Majoritária é um destino. É um discurso já cansado que ele usa [de reeleição] para ficar cacifado para 2018”.

Publicada originalmente dia 7

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