Política

Jutahy Magalhães afirma que partido tem responsabilidade com governo Temer

Publicado em 19/12/2016, às 18h47   Luiz Fernando Lima


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O senador Aécio Neves, presidente nacional reeleito do PSDB, se reuniu nesta segunda-feira (19) com o presidente Michel Temer (PMDB) para falar sobre a divisão no ninho tucano e do apoio da bancada de seu partido ao peemedebista. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lidera uma dissidência dentro do PSDB.

O deputado federal Jutahy Magalhães (PSDB-BA) afirma que o trabalho das lideranças é manter o partido unido. “Confiamos que nossos líderes (Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra e Fernando Henrique) têm maturidade para manter a união. Nós sempre tivemos discordâncias dentro do partido, mas divisão não”.

Ao senador Aécio Neves, Temer garantiu a nomeação do deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB-BA) na Secretaria de Governo. O ato deve acontecer em fevereiro quando outras mudanças serão anunciadas. Para Jutahy, este é um movimento importante para a Bahia. Na condição de tucano no oitavo mandato na Câmara não se esperava outra declaração.

Jutahy foi ministro do Bem-Estar Social entre os anos 1992 e 1993 durante o mandato de então presidente Itamar Franco. O tucano traça paralelos entre as gestões de Itamar e de Michel Temer, contudo, ressalva que o partido do primeiro não tinha tanta necessidade de espaço.

“Temer é um homem do Congresso. Foi presidente da Câmara. Tem uma base consolidada e a tendência é mantermos a governabilidade que permita a ele chegar ao final do mandato fazendo as reformas necessárias para o Brasil retomar o crescimento econômico”, avalia Jutahy.

Ainda sobre o governo Temer, Jutahy é taxativo ao creditar a atual gestão com fruto de uma aliança entre os que votaram a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. “Somos responsáveis”.

Já o grupo alinhado com o governador de São Paulo trabalha com tese de que é preciso se afastar dos peemedebistas de modo a não se “contaminar” com as medidas impopulares. Nos bastidores dos tucanos o que há é uma disputa para ver qual quadro terá as melhores condições de ser candidato à presidência da República em 2018.

O problema é que, para além das articulações políticas, a Lava Jato tem mostrado potencial para não deixar incólume nenhuma coloração partidária. Embora, até o momento, a concentração de fogo judicial seja claramente direcionada a figuras de outro espectro político-partidário.

Ainda sobre Alckmin, coube ao prefeito eleito da cidade de São Paulo, afirmar à reportagem de O Globo que não há possiblidade do governador deixar o PSDB. Esta é uma hipótese já levantada nos bastidores e ganha força nos corredores dos palácios paulistas e do Congresso Nacional.

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