Política

Secretária de Wagner chateada com comentários “maldosos”

Imagem Secretária de Wagner chateada com comentários “maldosos”
“A respeito dos comentários, dispenso responder. Esse tipo de preconceito conheço muito bem”, disse Vera Lúcia Barbosa   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/07/2011, às 09h48   Redação Bocão News




A secretária de Políticas para as Mulheres Vera Lúcia Barbosa, coordenadora do MST chamada carinhosamente por Lucinha, não viu de bom grado uma notinha venenosa da coluna Raio Laser, da Tribuna da Bahia, que comentava a mudança repentina dela - que antes era tida como uma mulher pouco vaidosa – e após assumir a pasta passou a desfilar pelo Centro Administrativo com roupas de grife, jóias e perfume importado.

Confira a resposta na integra:

Vi com estranheza a nota publicada na coluna Raio Laser de sexta-feira (15/07), reproduzida no blog Política Livre. Estranho porque diante das inúmeras tarefas e desafios assumidos pela recém criada Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM), a coluna tenha dispensado energia para descrever detalhes sobre a minha vestimenta.

Aproveito a oportunidade para citar alguns desses desafios. Por exemplo, mesmo sendo a Bahia o estado que mais combateu a pobreza no Brasil, nos últimos 4 anos, nós ainda temos 1 milhão e 200 mil baianas vivendo com renda mensal de até 70 reais por mês.

Devemos observar, também, que no tocante à violência, os dados são absurdos. Para se ter uma idéia, a cada 15 segundos uma mulher é espancada no Brasil. Na Bahia, por exemplo, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2010 815 mulheres foram estupradas.

Entretanto, mesmo com tão pouco tempo de existência e com as dificuldades inerentes à um começo de caminhada, nossa Secretaria já convocou a 3 Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres, ao mesmo tempo que concorreu com projetos em editais lançados pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres.

Os exemplos citados são uma pequena amostra dos nossos desafios. Esperamos, inclusive, contar com o apoio da imprensa baiana em abrir espaços para divulgação de nossas ações, levando adiante a sua  missão de informar com qualidade e isenção a opinião pública.

Portanto, considero que a nota não faz jus aos interesses e realidades da sociedade baiana, principalmente das mulheres. A respeito dos comentários colocados, dispenso responder, uma vez que esse tipo de preconceito – destinado aos militantes de movimentos populares e, também, às mulheres negras e camponesas, conheço muito bem. Já o meu “Águas de Cheiro”, de O Boticário, está às ordens.

Classificação Indicativa: Livre

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