Política

Empresas e políticos suspeitos de propina na Caixa negam ilegalidades

Publicado em 13/01/2017, às 19h06   Folhapress


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As empresas citadas na investigação da Operação Cui Bono como supostas beneficiárias do esquema de concessão de créditos pela Caixa Econômica Federal afirmam que não foram alvo da operação e que não cometeram irregularidades.

A JBS, dona dos frigoríficos Seara e Big Frango, informou que não foi notificada sobre a decisão judicial referente à essa operação e que "pauta suas relações na ética e profissionalismo e tem convicção da regularidade das suas práticas".

Também diz que sempre atuou de forma transparente e todas as suas atividades são realizadas dentro da legalidade.

O grupo Marfrig informou que não foi alvo de qualquer medida da Polícia Federal e que a Caixa Econômica Federal ou qualquer um de seus fundos não são acionistas relevantes da Companhia.

A empresa também diz que operações da empresa com a Caixa "sempre foram feitas em condições de mercado, com custos equivalentes aos dos bancos privados, com garantias reais e sem qualquer tipo de privilégio".

Ainda segundo a Marfrig, as operações contratadas entre 2011 e 2013 foram devidamente liquidadas no prazo e condições e que não há débitos em aberto.

A concessionária de rodovias BR Vias afirma que "segue colaborando com as autoridades para o total esclarecimento dos fatos".

A Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários afirma que não recebeu notificação oficial sobre o assunto, mas está à disposição para qualquer esclarecimento.

A reportagem não conseguiu contato com a Inepar, a Digibras e o grupo Bertin.

POLÍTICOS

O advogado Pedro Ivo Velloso, que atua na defesa de Eduardo Cunha, afirma que ainda não teve acesso à íntegra das investigações mas que, desde já, "rechaça veementemente as suspeitas divulgadas".

Procurado, ex-ministro Geddel Vieira Lima estava com o telefone desligado. A assessoria do PMDB da Bahia, do qual Geddel é presidente, informou que o não havia nenhum posicionamento do ex-ministro sobre a operação.

Citada no relatório da procuradoria como beneficiária de uma intermediação do então deputado Eduardo Cunha junto ao então vice-presidente da Caixa Geddel Vieira Lima, a prefeitura de Barra Mansa (RJ) diz que buscou a renovação de um convênio com o banco para a gestão da conta bancária da prefeitura em 2012.

"O processo estava estagnado e dependia de manifestação da direção do banco. O pedido foi para que houvesse prosseguimento no processo", diz em nota a prefeitura, que informou que a renovação do convênio acabou não acontecendo.

A Folha não conseguiu contato com o Pastor Everaldo, presidente do PSC. O partido é citado como beneficiário de supostos repasses que teriam sido intermediados por Cunha e Geddel.

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