Política

Receita já abriu processos contra mais de 800 empresas citadas na Lava Jato

Publicado em 09/02/2017, às 07h52   Redação Bocão News


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O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, morto em um acidente de avião em janeiro passado, usou uma metáfora para dar a dimensão do volume de informações que se acumula com a sucessão de fases da Operação Lava Jato, iniciada em 2014, de acordo com a Folha. "A gente puxa uma pena e vem uma galinha", comparou o ministro.
Ainda segundo o jornal, na Receita Federal, 80 auditores que trabalham na Lava Jato faziam essa análise de maneira manual até que, em 2015, os próprios funcionários criaram o Sislava, um banco de dados para pesquisa que reúne informações de toda a operação. "O sistema agrupa dados bancários, depoimentos de réus, resultados de buscas e apreensões, informações de inteligência, faz cruzamento dos relacionamento dos envolvidos. Junta praticamente tudo que a Lava Jato acumulou de provas até hoje", diz Cecília Cícera de Palma, auditora que faz parte da Lava Jato.
A publicação afirma que graças às informações do Sislava, a Receita Federal abriu processos contra mais de 800 empresas envolvidas na Lava Jato, que entre multas e valores sonegados devem ao Fisco mais de R$ 10 bilhões. Por causa das últimas fases da Lava Jato a previsão é de que esse número salte para R$ 15 bilhões, segundo os auditores.
A reportagem detalha que as descobertas não se resumiram aos delitos de réus e empresas enroladas no petrolão. As buscas no Sislava permitiram que auditores cruzassem dados e encontrassem outras cem empresas que, apesar de não estarem diretamente ligadas ao esquema descoberto pelos investigadores de Curitiba, mantinham relação com companhias denunciadas no caso. Dessas empresas, boa parte usava financiamento do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).

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