Política

Delatores da Odebrecht vão receber penas mais longas

Publicado em 12/02/2017, às 09h25   Redação Bocão News


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Diferente de outros executivos que receberam penas brandas, os 77 executivos do grupo Odebrecht terão de cumprir as penas mais longas da operação, que completa três anos no próximo mês.

A pena mais longa coube a Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo.

Em comparação os ex-presidentes da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, e da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, ambos delatores, receberam penas bem menores do que Marcelo.

Otávio cumprirá 3 anos e 10 meses –1 ano de prisão domiciliar, 10 meses de regime semiaberto. Além disso, precisa de autorização para viagens internacionais e fica proibido de frequentar casas de jogos e de prostituição.

Avancini recebeu uma pena ainda mais branda do que a de Azevedo: um ano em regime domiciliar e dois anos em regime aberto.

Como presidentes de empresas, Azevedo e Avancini exerceram papéis similares ao de Marcelo na distribuição de subornos.

Apesar disso, as empresas têm portes diferentes: a Odebrecht é a maior do país e distribuiu mais propina, enquanto a Andrade Gutierrez e a Camargo Corrêa ocupam o segundo e o quarto lugar no ranking das empreiteiras.

Outros membro da Odebrecht também receberam penas duras. Márcio Faria, diretor de Plantas Industriais, terá de cumprir uma pena de nove anos, entre prisão domiciliar, regime semiaberto e aberto. Alexandrino Alencar, diretor da Odebrecht Infraestrutura acertou uma pena de sete anos e meio.

Benedicto Junior, que presidiu a construtora Norberto Odebrecht, também cumprirá uma pena de sete anos e meio.

O endurecimento das penas tem duas razões: penas duras são o grau de envolvimento do grupo com suborno e a negação agressiva. Além disso,  quem conta os crimes primeiro nos acordos de delação pega as penas mais leves; quem demora para falar é punido com mais rigor.

Classificação Indicativa: Livre

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