Baiana, ministra de Direitos Humanos diz ter título da ONU que não existe

Quando foi apresentada pelo Palácio do Planalto como ministra dos Direitos Humanos, a desembargadora aposentada Luislinda Valois teve em sua biografia uma referência ao "título de embaixadora da paz da ONU em 2012". No entanto, segundo as próprias Nações Unidas, o posto sequer existe.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a homenagem à ministra baiana foi dada por uma ONG fundada pelo líder religioso coreano Sun Myung Moon, o reverendo Moon (1920-2012), que se autoproclamava "messias".

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Chamada UPF (Federação para a Paz Universal), a entidade é uma das mais de 3.000 organizações não governamentais que prestam consultoria para a Ecosoc (braço econômico e social da ONU).

A ONU reconhece a parceria, mas diz que "nenhuma instituição ou empresa está formal ou legalmente autorizada a representar ou a falar em nome das Nações Unidas, ou de qualquer Departamento do Secretariado da ONU".

Procurado pelo jornal paulista, o Planalto disse que "divulgou informações com base na biografia da própria ministra".

Publicada no dia 16 de fevereiro de 2017, às 6h54