Ex-ministro da Cultura nos governos Dilma e Lula, Juca Ferreira confirmou ao Bocão News que recebeu convites para assumir a secretaria de Cultura do Estado (Secult). Segundo Juca, ele fez três pedidos que podem ser interpretados como exigências. A volta para a Bahia, de acordo com ele, “é um sonho”.
“Eu cheguei a ser consultado [sobre assumir a Secult], mas disse que colocava três questões. A primeira é que a cultura fosse valorizada e que tivesse papel na narrativa de desenvolvimento da Bahia. A segunda era escolher os meus assessores. Eu jamais seria um secretário fantasma. A terceira é ter o mínimo de dinheiro para desenvolver as políticas culturais. Uma ‘merrequinha’”, afirmou.
Apesar da vontade de assumir o posto, Ferreira disse que sua “vontade de contribuir” não depende só dele. “Não foi possível ainda [voltar]”, em referência ao atendimento das suas condições.
Amigo do atual secretário de Cultura da Bahia, Jorge Portugal, Juca Ferreira ressaltou a importância dele para a área no estado, mas apontou erros. “Jorge não escolheu um assessor. Isso é um erro. Ele é um bom quadro, poeta de primeira qualidade, pessoa da cultura, mas eu não topo [se for assim]”, reafirmou.
MINC – Juca Ferreira considerou a postura do ministro da Cultura, Roberto Freire, na discussão com Raduan Nassar, “patética”. Recentemente, ao receber prêmio literário, o escrito criticou o governo Temer. Irritado, o ministro rebateu.
“O ministro [Roberto Freite] foi patético. O prêmio foi escolhido por comissão metade de brasileiros e metade de portugueses na época em que Dilma ainda estava no governo e eu era ministro. ele não tem responsabilidade pela escolha, está querendo capitalizar. É uma grosseria enorme com um dos maiores escritores brasileiros que tem direito de emitir opinião. achei patético”, opinou.
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Matéria originalmente publicada às 12h de sábado (18)
