Política

PF revela erro em investigação sobre grampo na cela de Youssef

Publicado em 05/03/2017, às 16h50   Redação Bocão News


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Houve erro na investigação sobre a instalação de um grampo ilegal na cela do doleiro Alberto Youssef, em Curitiba. A conclusão é da Polícia Federal, que encerrou o caso no final de fevereiro.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, um relatório da PF revelou que a primeira sindicância sobre o caso apontava erroneamente que a escuta havia sido colocada antes da chegada do operador na sede da polícia em Curitiba, em março de 2014, e estava inativa.

O doleiro foi preso na primeira fase da Operação Lava Jato, acusado de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Um mês depois, em abril daquele ano, o doleiro encontrou o grampo em sua cela e seu advogado pediu uma apuração interna da PF, conduzida pelo delegado Mauricio Moscardi, da equipe responsável pela Lava Jato.

A apuração inicial se baseava no depoimento de um agente da PF, Dalmey Werlang, e em uma decisão judicial de 2008 sobre o antigo inquilino da cela, o traficante Fernandinho Beira-Mar. Em seu testemunho, Werlang afirmava que o grampo já estava instalado quando o doleiro foi preso, mas não estava funcionando.

Quase um ano depois, o agente mudou sua versão. Em novo depoimento, acusou seus superiores de pedirem para que instalasse o equipamento sem autorização judicial. O fato deu origem a nova investigação, desta vez conduzida pela Corregedoria da Polícia Federal. A cúpula da Lava Jato, que também foi ouvida nas investigações, nega qualquer irregularidade sobre o grampo, conforme publicação do diário paulista.

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