Política

Kiki Bispo e Aladilce travam debate sobre paternidade do metrô de Salvador

Publicado em 09/03/2017, às 19h53   Eliezer Santos


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A vinda do ministro das Cidades, Bruno Araújo, a Salvador nesta quinta-feira (9) para visita às instalações do metrô reacendeu o debate entre vereadores sobre a paternidade da obra. Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, o governista Kiki Bispo (PTB) e a oposicionista Aladilce Souza (PCdoB) saíram em defesa dos seus respectivos caciques políticos – o prefeito ACM Neto (DEM) e o governador Rui Costa (PT).

A obra tem recursos federais, assegurados desde o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) – e que continuam na gestão do presidente Michel Temer -, e foi passada pela prefeitura de Salvador ao governo estadual, que hoje executa os trabalhos.

“A prefeitura foi fundamental. O que se verifica hoje é que o governo federal, que é o grande patrocinador, não tem uma placa no canteiro de obras. O que existiu foi um golpe [do governo estadual]”, criticou Kiki.

“Todo mundo lembra que o metrô foi piada nacional, como metrô mais curto com tempo mais longo de construção, envolto em várias denúncias até hoje não esclarecidas. Acho estranho o governo federal querer capitalizar”, rebateu Aladilce, ao sugerir que a queixa de Kiki está relacionada ao alinhamento que a nova gestão da União tem com a prefeitura de Salvador.

Provocações

O debate ainda teve seu momento mais acalorado quando o vereador Kiki Bispo criticou a colega Aladilce de ter “pensamento pequeno, tacanho” quando se discute “o crescimento da cidade”.

“Me respeita, rapaz”, reclamou a comunista, que antes havia questionado pontos de um projeto do Executivo enviado à Câmara com medidas para revitalização do Centro Histórico, que incluem, segundo ela, remissão de dívidas de IPTU e incentivos fiscais. Em 2015, 123 imóveis nos arredores da Rua Chile foram comprados pelo investidor mineiro Antonio Mazzafera, dono da Fera Empreendimentos.

“O governo do estado anunciou revitalização da região da Rodoviária, o que impede empresários de comprar imóveis ali?”, argumentou Kiki, ao pontuar que esse tipo de negociação é “informação pública”.

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