Com um pouco de vontade política, a Câmara Municipal de Salvador pode instalar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar os indícios de irregularidades na Secretaria Municipal da Saúde (SMS). A pasta é considerada um ponto crítico da administração municipal desde a primeira gestão de Antonio Imbassahy, entre os de 1997 e 2000. Na época, a titular era Aldely Rocha Dias, que responde na Justiça a diversas ações por improbidade administrativa. Apesar dos sucessivos escândalos, ela foi mantida no segundo governo de Imbassahy, que compreendeu os anos de 2001 a 2004.
Como foi antecipado pelo
Bocão News em matéria sobre a
“caixa-preta” da saúde, dependendo do formato e dos objetivos da CEI, as investigações podem incluir outros cinco gestores. No primeiro governo João Henrique (2005/2008) estão os secretários Luis Eugênio Portela, responsável pela SMS quando Neylton Souto da Silveira foi assassinado; José Carlos Trindade, mais conhecido como “Carlão”, os dois foram indicados pelo PT; e José Carlos Brito, que chegou ao cargo pelas mãos do PMDB e ficou até o segundo mandato do atual prefeito. Também estão na lista José Saturnino Rodrigues, que ficou no posto por pouco tempo, e o atual secretário Gilberto José.