Refinaria de Abreu e Lima rendeu R$ 90 mi em propina a aliados do PT, PSB e PP

Aliados de três partidos foram beneficiados diretamente por propinas pagas nas obras realizadas na Refinaria Abreu e Lima, no Pernambuco. De acordo com informações publicadas nesta segunda-feira (24) pelo jornal O Estado de S. Paulo, o ex-executivo da Odebrecht, Márcio Faria da Silva, contou em sua delação premiada que as obras da refinaria renderam R$ 90 milhões em propinas para ex-executivos da Petrobrás ligados ao Partido Progressista (PP), ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). 

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Segundo Faria da Silva, as maiores empreiteiras do país se reuniram previamente para combinar a forma de atuação na licitação. As obras ficaram com a Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão. Dois contratos foram assinados em dezembro de 2009, sendo um no valor de R$ 1,485 bilhão e outro, de R$ 3,19 bilhões.

A Odebrecht optou na ocasião por atuar em consórcio com a OAS. Logo que o contrato foi assinado, de acordo com o delator, a Odebrecht foi procurada pelo empresário Aldo Guedes, que seria emissário do então governador Eduardo Campos (PSB), morto em 2014 em um acidente aéreo.