Política

'Nossas putarias têm que continuar', escreveu ex-secretário de Cabral

Publicado em 04/05/2017, às 06h24   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O ex-secretário de Saúde do Rio Sérgio Côrtes, o empresário Miguel Iskin e Sergio Vianna Junior foram alvos nesta quarta-feira (3) de denúncia do Ministério Público Federal sob acusação de obstrução da Justiça. A reportagem da Folha detalha que a para procuradoria, os dois agiram para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
Segundo a publicação, o ex-secretário de Saúde e o empresário agiram, usando Vianna como intermediário, para constranger o ex-subsecretário Cesar Romero a alterar o conteúdo de sua delação premiada, que se encontrava ainda em fase de negociação com o MPF, oferendo inclusive dinheiro. Eles tentavam combinar entre si versões a serem apresentadas, buscando dificultar as apurações dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro praticados no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into) e na Secretaria Estadual de Saúde do Rio.
Ainda de acordo com o jornal, e-mail de Côrtes para Iskin interceptado pela investigação aponta, segundo o MPF, que os dois tentaram combinar versões a serem apresentadas à Justiça, bem como uma tentativa de manter a operação do esquema criminoso. "Meu chapa, você pode tentar negociar uma coisa ligada à campanha. Pode salvar seu negócio. Podemos passar pouco tempo na cadeia... Mas nossas putarias têm que continuar", escreveu Côrtes para Iskin, segundo a procuradoria. 
Os três acusados estão presos em decorrência da deflagração da Operação Fratura Exposta, desdobramento da Lava Jato no Rio, que apura fraudes em licitações e pagamento de propina na aquisição de equipamentos de saúde para a estadual.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp