Política

Elmar diz que, com declaração polêmica, Wagner lança suspeição sobre Rui

Publicado em 11/05/2017, às 19h18   Eliezer Santos


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O deputado federal Elmar Nascimento (DEM) disse que viu “como a confissão de um crime de prevaricação” a declaração do ex-governador e atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, de que uma pessoa da sua administração teria acertado recebimento de propina para encaminhar a obra da Via Expressa à Odebrecht.

“[Vi] em primeiro lugar como a confissão de um crime. Está no Código Penal, isso é crime de prevaricação. Qualquer pessoa que tenha conhecimento da existência de um crime e não o denuncie à autoridade competente comete prevaricação. O governador tinha obrigação de demitir e representar junto ao Ministério Público para apuração do delito criminoso”, disse, em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta quinta-feira (11).

Segundo ele, a revelação do ex-governador “lança suspeição” sobre a administração do governador Rui Costa (PT), especialmente pela suspeita de que a pessoa, ainda misteriosa, envolvida no referido episódio pode estar nos quadros do Executivo.  

“É interessante que ele cita a obra da Via Expressa, que era realizada pela Sedur. Sabe quem era o secretário? Era Afonso Florence – meu adversário no Congresso, mas que tenho como homem de bem, até que se prove o contrário. Sabe quem era o presidente da Conder – e ele [Jaques Wagner] diz que não está no atual governo - era o Zé Lúcio – que também o tenho como homem de bem. Então o ex-governador tem obrigação de dizer quem a pessoa, porque ele lança suspeição sobre o governador Rui Costa, que era o seu principal auxiliar. É mania do povo do PT dizer que não sabe, disparou.

Depoimento de Lula

Elmar ainda comentou sobre o depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro em Curitiba, nesta quarta (10). “Ele é preparado, é obrigado a vender a imagem de que é idiota porque tudo aconteceu debaixo do Palácio do Planalto. Em sua ascensão de sindicalista à presidência ele tinha controle absoluto sobre tudo [...] não existe quadrilha sem chefe e quem mostrou isso são os participantes da quadrilha”, declarou.

“O que nos diferencia do PT é que quando se descobre maus feitos, nós expulsamos, e eles tratam como heróis. O procedimento de punir os errados nos diferencia. Se o PT punir, estaria punindo a cabeça”, alfinetou, em velada referência ao ex-presidente Lula.

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